“Aumento dos saques da poupança é liderado pelos mais ricos”, diz Banco Central 2u2a5z
Em 2023, 25% da população total investiu na caderneta 5oo2l
Segundo um estudo do Banco Central, os investidores com maior poder aquisitivo estão deixando a poupança e migrando para outros tipos de investimentos como CDB’s, LCI’s e LCA’s que são ativos de Renda Fixa e com rentabilidade superior à poupança.
Neste ano, a caderneta registrou uma retirada de R$ 103 bilhões, que representou, praticamente, o dobro dos saques registrados em 2015 que detinha o recorde de saques de todos os tempos, que foi de R$ 53 bilhões.

Nesse estudo foram analisadas as informações financeiras de 57 milhões de pessoas que tem conta entre os cinco maiores bancos do mercado nacional. Dessas pessoas, 29,5 milhões sacaram um montante aproximado de R$ 279 bilhões da poupança e desse valor migraram aproximadamente R$ 201 bilhões em outros tipos de investimentos.
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Os investimentos de destino dos valores foram principalmente os CDBs e RDBs, que receberam R$ 37 bilhões do montante sacado, enquanto LCAs receberam R$ 34 bilhões e LCIs, aproximadamente R$ 17 bilhões.
Ao olhar para esse movimento e valores podemos levantar alguns pontos importantes.
O primeiro deles e mais surpreendente é constatar que tem muita gente que ainda investe em poupança, que é considerada a pior opção de investimento disponível no mercado. Em 2023, 25% da população total investiu na caderneta.
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Considerando apenas a população investidora isso representa 68% dos investidores que ainda escolhem a poupança como principal opção de investimento. Isso só reforça a tese de que o povo brasileiro ainda é muito carente de Educação Financeira. As pessoas temem o mercado financeiro, haja vista, que a grande maioria do povo brasileiro nunca investiu em outros produtos financeiros além da poupança.
Outro fator importante a considerar é a regra de remuneração da poupança. Nos últimos meses estamos acompanhando a queda da taxa Selic, que atualmente é de 10,75% ao ano. E essa queda na taxa básica de juros sinaliza mudanças na rentabilidade da poupança já que a regra de rendimento da poupança está atrelada à taxa básica de juros da economia. Ou seja, se a Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic + Taxa Referencial (TR). Já se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês sobre o valor depositado + TR.
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Mas em contrapartida podemos atestar que essa “onda” de investimentos ainda está só começo. O número de investidores vem crescendo nos últimos anos e, com isso, cresce também a busca por mais informações relacionadas com o mundo dos investimentos. Esse movimento, cremos, que vai reduzir cada vez mais o saldo, ainda existente, na caderneta de poupança.
Existem várias opções à poupança que, fatalmente, sofre negativamente o efeito da inflação. Ela afeta a poupança ao reduzir o poder de compra do dinheiro. Os ganhos da
poupança, geralmente atrelados a taxas fixas, podem não acompanhar os aumentos dos preços da economia real. Isso resulta em uma perda do poder real de compra.
Existe uma opção mais segura que a poupança e que remunera melhor os investimentos que são os títulos públicos. São considerados os investimentos mais seguros do mercado porque o emissor, no caso, é o próprio governo. Aos olhos do mercado financeiro o poder público é considerado bom pagador, por isso, os títulos públicos são até mais seguros que a poupança.
Existem também as opções de CDBs que são dívidas emitidas pelos Bancos, ou seja, o risco neste caso é de a instituição financeira titular deste papel não honrar com o pagamento do referido papel. Aplicações dessa categoria são consideradas de baixo risco a depender dos critérios de risco do próprio Banco emissor.
Outra opção são também as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) que também são emitidas pelos Bancos e que tem uma grande vantagem frente a outros tipos de investimentos, elas não sofrem incidência de Imposto de Renda, ou seja, o rendimento é líquido. Isso é um grande diferencial frente a outras opções que são tributadas no momento do resgate de acordo com a tabela regressiva de Imposto de Renda.
E além dessas existem várias outras opções para que o investidor possa fazer as aplicações com segurança e de forma diversificada para reduzir o risco da carteira.
O mais importante, como sempre reforçamos, é buscar informações de qualidade ou buscar um profissional que tenha condições de lhe apoiar na escolha dos melhores investimentos de acordo com seu perfil de tolerância a risco.
O investimento é fruto de uma boa gestão financeira que precede um planejamento financeiro eficiente e algumas renúncias frente a um bem maior que é a segurança e independência financeira.
Para isso, faça as contas!