Até tu, batata? Essencial na mesa do brasileiro, legume está bem mais caro 5o4142
Preço da batata disparou em Mato Grosso do Sul, com aumento de quase 44%; variação, é claro, encareceu o valor da cesta básica 1v4t7
Está mais difícil para o campo-grandense comer nhoque, escondidinho ou purê. Isto porque o preço da batata disparou em Mato Grosso do Sul, com aumento de quase 44%. Esta variação, é claro, encareceu o valor da cesta básica.

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De acordo com os dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o preço da cesta básica em Campo Grande atingiu R$ 736,76 em janeiro, alta de 5,6% em relação ao mês anterior.
É a cesta mais cara entre as capitais pesquisadas pelo Departamento, depois de Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília.
Além da batata, outros vilões do levantamento foram feijão, arroz, banana, óleo e manteiga. Por outro lado, café e açúcar cristal tiveram reduções.
Mudanças no prato 5s5s6b
No prato favorito do funcionário público, Antônio Carlos Matias, a batata é o ingrediente principal. Mas com o preço nas alturas, precisou abrir mão da receita.
“Eu adoro um guisadinho com carne de sol. Meu Deus do céu. E cinco batatas já dá quase um quilo. Leva bastante. Tem que levar bastante. Então não tem condições”.
Aposentada, Zoé Pena Rosa até pensou em comprar, mas quando viu o valor desistiu.
“Surreal, né? Isso é muito caro, eu acho. Muito caro mesmo pra batata. Eu não levo. Nada que esteja fora da realidade eu levo. Nada”, diz.
Em um supermercado da capital, que fica no bairro Tiradentes, o legume, que em novembro custava R$7,99 o quilo, está saindo por R$11,29 o quilo. Quase R$4 a mais.
A causa do aumento o1c71
O excesso de chuva nas áreas produtoras de batata tem reflexo direto sobre o preço que tem sido pago pelo consumidor. A região Centro-Sul é uma das mais afetadas. Aqui em Campo Grande, por exemplo, o legume subiu quase 44%.
Segundo o economista Eduardo Matos, além dos fatores climáticos, os problemas logísticos ajudaram a inflacionar o produto.
“No ano ado, tivemos alguns problemas com a seca. Com os fatores climáticos, principalmente de altas temperaturas, o que prejudicou bastante a safra de inverno, alinhado com problemas logísticos, com alta do petróleo e esses fatores climáticos, este item teve seu um preço bastante inflacionado”.
A empresária Juliana Lopes precisou refazer as contas para o restaurante dela em que a batata é o produto base. Por dia são quatro sacos de 25 quilos. Em novembro, o valor de cada um era R$ 60. No final de janeiro, chegou a pagar R$ 224.
“Você não pode rear para o cliente, então a gente continua mantendo a qualidade e espera ar. Só que esse ano, geralmente quando aumenta, aumenta um mês, um mês e meio, só que esse ano já está aí durando uns três a quatro meses”.
Para não rear o aumento para os clientes, a empresária resolveu ampliar o cardápio. “Nós decidimos abrir com almoço, você ter uma segunda marca, digamos assim, né? Então, essa foi a nossa estratégia, que é trabalhar com as Marmitex, né? A comida caseira”.
Para quem não abre mão do tubérculo, a dica do Elidio Carmo, que trabalha com serviços gerais, é fazer trocas. “ Tem que deixar alguma coisinha de lado para levar batata, porque eu não fico sem batata”, diz.