Tio cego inspira diretor a criar oficina de teatro para deficientes visuais 3a1d5g
Ator e diretor de teatro, Alexandre Melo abre oficina gratuita para deficientes visuais aprenderem a atuar; selecionados farão parte de espetáculo 23489

Tio cego, que na foto abraça o sobrinho, Delci Francisco, de 55 anos, foi o motivo para o diretor de teatro, Alexandre Melo criar uma oficina para deficientes visuais interpretarem nos palcos. A foto mostra a harmonia da família e é a prova do quanto a arte imita a vida.
Alguns anos atrás, depois de ouvir o sobrinho em uma apresentação de teatro, Delci disse que era uma pena não conseguir vê-lo em cena. Totalmente cego, o tio mexeu com Alexandre a ponto dele guardar aquilo para si e arquitetar uma forma de deficientes visuais se sentirem parte de um espetáculo.
“Aquilo mexeu comigo profundamente, me fez refletir… De fato, a grande maioria dos espetáculos aqui, tanto de teatro como filmes, não tem ibilidade, não tem audiodescrição, nada. Aí eu comecei a pensar no projeto”, conta Alexandre.
Só que o ator não queria apenas uma peça ível, e sim fazer um espetáculo que transportasse o público para o mundo de quem enxerga com a voz e o coração. Assim nasceu a ideia da oficina, de preparar e formar cegos para subirem aos palcos.
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O projeto tem duas fases, a primeira é a oficina de preparação e a segunda, a apresentação do espetáculo.
Oficina para cegos gratuita 4v5925
Antes que o cartaz anuncie o espetáculo, o ator e diretor Alexandre Melo precisa ter o elenco formado por cegos ou pessoas de baixa visão, por isso criou a oficina “O que os olhos veem o coração sente">Quero deixar minha opinião!