Mercado de Pulgas une peças da 2ª Guerra Mundial e vinil de 100 anos 5395b
3ª edição de evento é realizada neste domingo, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande; exposição de carros antigos também agita evento 6u5936
O Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, foi tomado por artigos raros e itens de colecionador, neste domingo (3). É a 3ª edição do Mercado de Pulgas, feira voltada à venda ou troca de itens antigos entre pessoas que desejam se desfazer do que, muitas vezes, está guardado há anos.

Máquina de datilografia, disco de vinil de 100 anos e até peças da 2ª Guerra Mundial estão entre os produtos à disposição de quem visita o espaço.
“Quem é dos anos 60, 70, tem muita coisa que era daquela época. Um ferro antigo, uma lanterna antiga, um disco de vinil antigo. Eu, por exemplo, tenho uma coleção grandiosa, comecei com Carmen Miranda, que tem mais de 100 anos. Hoje, ou de 20 anos é considerado velho, Mas assim, velho, mas não é velho, é um velho conservado, então, é raridade”.
Doralice Alves, coordenadora do Mercado de Pulgas.
O evento também é uma oportunidade dos mais novos terem contato com itens que antes eram considerados inovadores. “A máquina de datilografia é o computador que a gente tinha na época”, lembrou Doralice.

E tem quem una o antigo com o novo. É o caso da artesã Elaine Guimarães Reis, de 60 anos. “É uma feira de antiguidades, mas eu falo que o artesanato tem a ver, a gente vem trazendo coisas da avó, bisavó, de geração em geração. O artesanato se modernizou, mas a gente vem trazendo o artesanato raiz. Hoje, eu optei por trabalhar com Chita, tecidos mais rústicos, porque acho que isso remete ao antigo, a coisa da avó, da natureza.
Exposição no Mercado de Pulgas 1g26s
O evento também deu lugar para os apaixonados por carros antigos. Diversos modelos estão expostos ao público, oportunidade de reviver lembranças do ado.
O servidor público Kleber Luiz Ferreira, de 43 anos, levou o “Azeitona”, como chama carinhosamente seu Fusca, para a feira.

“A gente revive o ado, todo mundo tem uma história com carro antigo, eu mesmo, aprendi a dirigir num Fusca. Hoje eu posso ar isso para o meu filho, ar conhecimento”, destacou.
E nem venha com a ideia de querer separar Kleber do carro antigo. “Me perguntam: ‘quanto vale?’ Eu costumo falar ‘não vale nada’, porque eu não vendo. Quero deixar esse fusca para o meu filho, para relembrar o ado”.