Marechal Rondon: aspectos da vida do herói brasileiro são contados em obra ilustrada 182g4g
Imagens e textos harmonizam-se e se complementam, fazendo com que o leitor conheça a vida do importante personagem nascido em Santo Antônio de Leverger, de maneira lúdica, informativa e didática. h5659
“Rondon, o marechal da paz – A vida de um herói nacional contada por meio da Filatelia” é o livro do escritor Maurício Melo Meneses, lançada pela Editora Mackenzie, em maio deste ano.

Com 128 páginas, leitura agradável e instigante, a obra é ricamente ilustrada por selos, que retratam aspectos da vida de Marechal Rondon, em períodos nos quais o mato-grossense realizou seu grande trabalho que entrou para a história do Brasil.
Imagens e textos harmonizam-se e se complementam, fazendo com que o leitor conheça a vida do importante personagem nascido em Santo Antônio de Leverger, de maneira lúdica, informativa e didática.
Na introdução do exemplar, o autor explica que falar de Cândido Mariano da Silva Rondon é, essencialmente, fazer alusão a um herói nacional, pois o Marechal foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz, por três vezes, em uma delas foi pelo físico Albert Einstein.
Além disso, em 2015, o nome de Rondon foi inserido no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, espaço de registro do nome dos brasileiros ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida em defesa da pátria.
“Morrer se for necessário, matar nunca.” 1s81u
O livro de Maurício Meneses contém visões que afirmam a importância de Rondon como um herói e defensor dos povos indígenas de Mato Grosso.
Mas os feitos do Marechal não pararam por aí, ele ainda foi responsável por ligar os longínquos rincões do estado e conectar as regiões Centro-Oeste e Norte do país ao Rio de Janeiro, então capital da República, solucionando os antigos e preocupantes problemas de comunicação e segurança daquelas partes da nação nos anos de 1900.
Rondon também inspecionou as fronteiras brasileiras, de 1927 a 1930, do extremo norte do país até as divisas com Argentina e Uruguai, foi dessa ação que surgiu a expressão que ele próprio criou: “do Oiapoque ao Chuí”, que faz referência a estes dois municípios, o primeiro no ponto mais setentrional do território brasileiro, no Amapá, e o segundo, no mais meridional, no Rio Grande do Sul.
As expedições do marechal pelos sertões foram o ponto de partida para que o ‘patrono das comunicações no Brasil’ adquirisse o conhecimento necessário para unificar o território através da instalação de redes de telégrafos.

Na contracapa do livro, há frases relevantes de personalidades brasileiras e estrangeiras, como Theodore Roosevelt, ex-presidente norte-americano e integrante da Expedição Roosevelt-Rondon, que considera o marechal como um verdadeiro sábio e virtuoso.
Outro irador famoso de Cândido foi o antropólogo Darcy Ribeiro, que foi indagado representantes da Índia durante uma conferência internacional, se Rondon tinha sido discípulo de Gandhi. Darcy disse, então, que a pergunta valia por um julgamento de atitude que alcança o pensamento pacifista brasileiro formulado por Rondon: morrer se preciso for, matar nunca.
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Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro e também irador do defensor dos povos indígenas, lembra a história do homenageado através de um trecho do poema Pranto Geral dos Índios: “Eras um dos nossos voltando à origem e trazias na mão o fio que fala e o foste estendendo até o maior segredo da mata… Oh, Rondon, trazias contigo o sentimento da terra…”.