“É gratificante poder abrir mão da vaidade”, acredita Juliana Paes 263r5
Prestes a estrear como Maria Marruá, atriz emprestou os cabelos brancos para compor a personagem 6675v
A caracterização de Juliana Paes como a Maria Marruá, de Pantanal, tem impressionado pela maquiagem que simula os efeitos do sol e do tempo. Essa versão que vai na contramão do padrão de beleza vigente, difere de outros trabalhos da atriz, mas tem um lado poético, como ela mesma defende.

“É gratificante, é gratificante poder abrir mão da vaidade, da estética vigente, mais do que abrir mão, mas é ver beleza nisso. Eu vejo beleza nas olheiras, no cabelo branco, eu vejo poesia nessas marcas do tempo. É um prazer abandonar essa mochila da vaidade”, afirma a atriz.
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Juliana “emprestou” alguns detalhes para a construção de Maria, como a sobrancelha que deixou de fazer e alguns fios de cabelo branco. “O meu cabelo branco natural que vai dando a linha para os cabelos que vão se fazendo. Aos poucos a gente foi desenhando as marcas de expressão, as manchas e o cabelo. Não é que ela seja uma mulher que não se cuida, mas é uma mulher onde o tempo agiu, onde o sol agiu. Tentamos trabalhar isso com muita sutileza”, frisa.

A atriz ressalta que todo esse processo é fruto de muito estudo. “Eu acho que o personagem acontece mesmo depois que você coloca a roupa e que você se vê com o cabelo pronto, com a maquiagem pronta. Foi um processo vindo em duas frentes. Primeiro a gente faz um esboço mais ou menos do que vai ser a personagem nas duas fases. Primeiro eu sentei na cadeira da Val, nossa maquiadora e caracterizadora, e a gente começou a imaginar como seria o rosto de uma mulher que nunca se protegeu do sol, que não teria o a protetor solar ou a um chapéu na maioria das vezes”, pontua.
A ideia era não exagerar nessa caracterização. “Como fazer de uma forma natural? Não optamos por usar prótese porque pode ter um efeito muito dramático, mas quando aparece na tela, ao mesmo tempo pode causar uma estranheza. É uma linha tênue do que a gente pode fazer. A caracterização não pode atrapalhar”, acredita.
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“Ao ver aquela natureza vem uma energia contemplativa que te convida a levantar as orelhas, lançar o olhar para fora, essa energia de contemplação fica impregnada na gente. Tem muito barulho, lá o tempo tem esse ‘tatata‘ esse som alto que acorda a gente, o barulho da natureza, que é tão forte, que você silencia. Um silêncio preenchido de si mesmo, inevitavelmente você entra em contato com a sua natureza”.