100 anos da Semana da Arte Moderna tem poesia, música e artes na rua de graça 372d2h
Vai por cinquenta anosQue lhes dei a norma:Reduzi sem danosA fôrmas a forma. Clame a sapariaEm críticas céticas:Não há mais poesia,Mas há artes poéticas…” Urra o sapo-boi:“Meu pai foi rei!”- “Foi!”“Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!” Do alto da sacada do prédio que abriga o Sesc Cultura, em Campo Grande, o ator e diretor […] 61723c
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”Urra o sapo-boi:
“Meu pai foi rei!”- “Foi!”
“Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”
Do alto da sacada do prédio que abriga o Sesc Cultura, em Campo Grande, o ator e diretor teatral Fernando Lopes declama a poesia “Os Sapos”, de Manuel Bandeira.
Nessa sexta-feira (11) foi a abertura da celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, manifestação artística e cultural que tomou São Paulo exatamente 100 anos atrás marcando um novo movimento cultural do Brasil.
Entre versos e canções, Fernando fala da honra de declamar a poesia e o quanto é importante comemorar o centenário. “A arte tem um significado importante nestes momentos, que é o de reflexão: como queremos os próximos 100 anos? A arte é feita para nos fazer avançar”, dispara.
A abertura teve a Orquestra Sinfônica de Campo Grande, regida pelo maestro Rodrigo Faleiros, com peças de Villa-Lobos no repertório. E da rua, quem ar, durante toda a semana vai ver o videomapping na fachada do prédio, feito pelo artista plástico Rafael Mareco.
Gerente do Sesc Cultura, Cirlene Cruz explica que a programação começa desde a fachada, na parte externa, justamente para convidar o público a conhecer e rememorar o que foi marco para a cultura do País.
“É importante divulgar a arte para todo mundo, uma arte ível para que todos venham e que saibam o que é a Semana da Arte Moderna, como e por que aconteceu e saibam o impacto disso de 100 anos para cá”, descreve.
Do portão para dentro, o Sesc Cultura montou uma estante com todas as obras que falam do tema e das figuras importantes para a Semana da Arte Moderna.
Aposentada e feliz, como se apresenta, dona Terezinha de Jesus, de 74 anos, é uma das presenças confirmadas não só na abertura como em todos os demais dias de programação.
“Campo Grande precisa de eventos como este. Então fica meu convite para que a população venha. É a comemoração da Semana da Arte Moderna de 1922 e tem muito pra gente aprender sobre o que aconteceu neste Brasil, como a cultura revoluciona as épocas. Infelizmente, estamos vivendo um momento de tolir manifestações culturais. Eu tenho 74 anos e estou sedenta por história, conhecimento”, reflete.

O que é a Semana de Arte Moderna? 314f1r
Realizada em São Paulo em 1922, a Semana da Arte Moderna marcou as atividades do movimento modernista no Brasil. Na época, o evento foi organizado por um grupo de intelectuais e artistas que propunham o rompimento com a arte acadêmica e importava e lutaram pela valorização de uma arte “mais brasileira”.
Entre os grandes nomes da Semana de Arte Moderna estão: Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Graça Aranha, Victor Brecheret, Plínio Salgado, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Heitor Villa-Lobos, Di Cavalcanti.
LEIA MAIS:
- “100 anos da Semana de 22” toma conta do agendão cultural neste fim de semana
- De volta: depois de 2 anos, Festival América do Sul volta e Lídia Baís é o tema
- Brô Mc’s repercutem participação no Rock in Rio e agradecem ao rapper Xamã
FALE COM O PP 6s423v
Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso do Sul, mande uma mensagem pelo WhatsApp. Curta o nosso Facebook e nos siga no Instagram.