Vídeo de animação será usado para defender ex-sargento; assista 6n4d4x
Os advogados do ex-sargento César Diniz da Silva, de 47 anos, réu por homicídio qualificado, utilizaram um vídeo de animação como estratégia de defesa. Quatro anos após o crime, o acusado estará presente no banco dos réus na próxima sexta-feira (22), em Campo Grande. O ex-militar é réu confesso pela morte do tenente aposentado João […] 1v4s67
Os advogados do ex-sargento César Diniz da Silva, de 47 anos, réu por homicídio qualificado, utilizaram um vídeo de animação como estratégia de defesa. Quatro anos após o crime, o acusado estará presente no banco dos réus na próxima sexta-feira (22), em Campo Grande.
O ex-militar é réu confesso pela morte do tenente aposentado João Miguel Além Rocha, de 50 anos, em 1º de julho de 2017. Porém, a defesa alega que César matou por legítima defesa.
A tecnologia utilizada pelos advogados será uma animação em vídeo com a cena do crime, sob o olhar de uma testemunha de defesa, recurso incomum no tribunal.
A tese apresentada é que o réu atirou contra o ex-colega de farda para defender a própria vida, contrariando a acusação de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
João Miguel foi ferido fatalmente pelo ex-sargento no cruzamento da Avenida Gualter Barbosa com a Rua Assunção Borba, no Bairro Nova Lima, há quatro anos. No dia, uma segunda pessoa chegou a ser atingida pelos disparos e sobreviveu.
Nos interrogatórios, César confessou ter atirado, mas alegou que só atirou ao ver o rival armado.
Houve tentativa de inocentar o ex-policial e evitar o júri, contudo, ela não seguiu em frente e a acusação foi mantida
pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Por que vídeo de animação? 4g6h63
O advogado de César afirma que se inspirou em reportagens de TV para incluir a animação como peça defensiva. Até um ilustrador foi contratado para produzir a peça visual como forma de retratar a dinâmica no dia do crime, sob o olhar dos defensores.
“Essa medida é sempre utilizada pelos meios de comunicação nos casos em que há repercussão e, na maioria dos casos, a multiplicação de informação apenas com o ponto de vista da acusação leva a uma interpretação errada da realidade”, diz Sebastião Francisco dos Santos Junior.
O responsável pelo material gráfico é o ilustrador Anderson Barbosa, de 44 anos. O profissional explicou que o processo para conclusão do vídeo demorou dias.
“Os advogados vieram até mim com interesse de fazer a reconstituição para mostrar os fatos de acordo com os relatos. Inclusive, enviaram vídeos, conversamos bastante e também tive o algumas informações. Foi uma semana analisando tudo, até finalizar o material, até porque, nada dos desenhos pode fugir do laudo”, conta o profissional com 20 anos de experiência”, explica Anderson.
Entenda o caso n2r1h
A acusação contra César é de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa do ofendido, em relação à vítima João Miguel Além Rocha, e por lesão corporal culposa em relação com o outro homem ferido.
Toda a confusão aconteceu devido a posse de um veículo, que era disputada pelos dois militares.
O advogado Ricardo Trad Filho, assistente de acusação da família da vítima, alega que o recurso apresentado pela defesa do réu é direito, porém, não acredita que vá convencer o júri.
“É um recurso visual. Vem se tornando cada mais comum, mas acredito que não muda em nada esse recurso no julgamento, já que ele simplesmente mostra a visão de apenas uma testemunha da defesa, enquanto a acusação tem várias testemunhas mostrando que quem deu o primeiro tiro, após iniciar a discussão, foi o César”, destaca Ricardo.