Trabalhadores em situação análoga à escravidão são resgatados em MT 381d3x
Inquérito foi instaurado para apurar os crimes de trabalho em condição análoga à escravidão, cárcere privado e lesão corporal 3y6248
Três trabalhadores procuraram a delegacia de Canabrava do Norte, 1.322 km de Cuiabá, para denunciar que estavam sendo vítimas de trabalho análogo ao escravo em uma fazenda da região. A Polícia Civil divulgou, nessa sexta-feira (18), que um inquérito foi instaurado para apurar os crimes.

Um homem responsável por fazer o recrutamento dos trabalhadores e agredir uma das vítimas foi preso em flagrante enquanto tentava viajar de ônibus para Santana do Araguaia (PA).
Ele foi encontrado na Rodoviária de Porto Alegre do Norte, a 1.160 km de Cuiabá. O empregador ainda está foragido e os policiais tentam encontrá-lo.
O inquérito foi instaurado para apurar os crimes de trabalho em condição análoga à escravidão, cárcere privado e lesão corporal praticados contra os trabalhadores.
Condição análoga à escravidão 122e47
A situação foi denunciada por um dos trabalhadores da fazenda, que procurou a delegacia na terça-feira (15), apresentando lesões no corpo. Ele relatou que havia sido agredido pelo patrão e o recrutador na noite anterior.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava em um bar com os suspeitos e, após consumirem bebidas alcoólicas, foram para um alojamento. As agressões aconteceram no local.
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O trabalhador contou que teve as mãos e os pés amarrados. Ele ficou trancado no quarto do alojamento quando, por volta de 5h, conseguiu se soltar das cordas e procurou ajuda na casa de um colega de trabalho.
Na residência, ele encontrou outros dois funcionários da mesma fazenda, que contaram que estavam trabalhando há mais de seis meses sem receber, além das más condições de trabalho ofertadas.
Eles foram contratados para trabalhar com serviços gerais na fazenda, retirando raízes e pedras. No entanto, o contrato verbal não havia sido cumprido e as vítimas viviam em condições análogas à escravidão.
Os trabalhadores afirmaram que a situação do local onde estavam era precária, além da alimentação ser à base de arroz, abóbora e carne de animal silvestre. Parte dos trabalhadores é natural do Pará.
Os investigadores apuraram ainda que o local era divido por 16 pessoas e a maioria havia ido embora para outras cidades com ajuda de parentes, devido às condições do trabalho, enquanto que os outros ficaram à espera do pagamento.
O empregador, além de não pagar seus funcionários, constantemente os ameaçavam de morte caso ele fosse denunciado.
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