Tempestade solar gigante é registrada por naves da Nasa: entenda 5r6q22
A tempestade solar registrada em abril de 2021 foi a primeira vez que um fenômeno desse tipo enviou partículas carregadas do Sol para cinco sondas espaciais diferentes, ao mesmo tempo. O Primeira Página te explica a importância da descoberta dos cientistas i1x6y
Várias naves espaciais da Nasa (istração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) conseguiram captar uma tempestade solar gigante que iluminou o sistema solar no dia 17 de abril de 2021.

O evento caracterizado pela rupção de uma gigantesca nuvem de material solar, lançou partículas energéticas solares – SEPs – a velocidades próximas à da luz, que foram observadas de múltiplas localizações espaciais. O Primeira Página te explica o fenômeno e a importância da descoberta dos cientistas.
O fenômeno chamou a atenção de cientistas e pesquisadores de todo o mundo e, segundo um novo estudo publicado pela Nasa, as partículas carregadas, impulsionadas por ejeções de massa coronal (CME), podem ter diferentes origens durante um único evento.
Esses resultados, publicados na Astronomy & Astrophysics, vão ajudar os cientistas a desvendar os mecanismos produtores de CMEs. Esse é um o importante para que um dia possam prever tempestades solares que podem colocar nosso planeta em risco.
O que são ejeções de massa coronal? u2n4j
Ejeções de massa coronal são grandes bolhas de plasma da coroa solar, a parte mais externa da sua atmosfera. Elas costumam acontecer junto das erupções solares — foi o caso dos eventos ocorridos nesta semana —, mas também podem surgir espontaneamente.
No entanto, a tempestade solar registrada em abril de 2021 foi a primeira vez que um fenômeno desse tipo enviou partículas carregadas do Sol para cinco sondas espaciais diferentes, ao mesmo tempo.

Algumas dessas espaçonaves estão localizadas em órbitas entre o Sol e a Terra, incluindo aquelas enviadas para monitorar o Sol. A CME também atingiu a BepiColombo, lançada para investigar Mercúrio, além da MAVEN da NASA e Mars Express, que ficam na órbita de Marte.
Tempestade solar gigante 3o3h36
Com os dados da tempestade solar obtidos por todas essas naves, os cientistas descobriram que as ejeções de massa coronal podem gerar vários tipos de “nuvens” de partículas carregadas.
Além disso, cada nave espacial registrou padrões diferentes de elétrons e prótons, sugerindo múltiplas fontes em vários momentos.
De acordo com a pesquisa, os elétrons foram ejetados para o espaço por uma explosão inicial, enquanto os prótons foram impulsionados mais lentamente devido a uma onda de choque da CME. Os registros de emissões de ondas de rádio do Sol sugerem que houve quatro grupos de explosões de partículas em direções diferentes.
No estudo os cientistas descobriram ainda que elétrons e prótons podem ser enviados separadamente por explosões distintas.