Amigos homenageiam o padre que se foi jovem demais: "Grande líder espiritual" 5c51g
O jovem sacerdote deixa um legado eterno para todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo de perto. 6n2t4k
A perda do padre Adriano Alves, de 33 anos, ocorrida no último sábado (4), é muito sentida na comunidade católica, em Campo Grande. Reconhecido por ser muito leal, querido e grande líder espiritual, o jovem sacerdote deixa um legado eterno para todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo de perto.

Uma dessas pessoas é Luciana Barbosa Amorim Machados, de 44 anos, ministra extraordinária da eucaristia e missionária leiga redentorista, que está de volta à catequese paroquial.
“Éramos bons amigos. Nos conhecemos na Paróquia Nossa Senhora da Guia. Eu, padre Adriano e nossa amiga Romi Cintia Dias éramos coordenadores paroquial da catequese”, explica Luciana. A amizade entre os dois surgiu graças a Romi, que foi catequista dele. “Eu a conheci e depois conheci ele e, juntos, trabalhávamos na coordenação da catequese”, relembra.

Luciana diz que esse momento os uniu muito. Em seguida, a congregação iniciou um trabalho com a Jumire (Juventude Missionária Redentorista). “Nós 3 fomos convidados a organizar”, conta a amiga. Padre Adriano, como afirma Luciana, era um rapaz sério em tudo que fazia, porém, sempre disposto a atender o próximo.
“Até brincávamos que ele tinha espírito de velho. Insistente em tudo que se propunha em fazer. Amigo leal, jovem muito responsável, sempre ajudou a mãe, tanto financeira como com os fazeres de casa, a cuidar do sobrinho que morava com ele e a mãe, responsável. Não falava muito de si, era bem na dele, mas estava sempre pronto para ouvir os outros e ajudar”, declara Luciana.
Sobre a mãe do padre, dona Jaimina, a amiga também a conheceu. “Ela é uma mulher de muita fé o oração”, enfatiza a ministra.

Agora, com o falecimento precoce do grande amigo, Luciana guardará eternamente a dedicação do padre e sua missão cumprida na terra, que não finalizou.
“Muito difícil. Vai fazer falta como amigo que era da gente e também na missão (…) acreditamos que ele já está no céu. Vimos que cumpriu sua missão fielmente, que não parou. Então cabe a nós seguirmos e sermos forte na fé como aprendemos dele (…) Era muito devoto de Nossa Senhora, rezava muito o terço e amava café e tereré”, conflui Luciana.
Leia mais n1u6n
“Grande líder” 4a4l53
Quem também lembrou de dona Jaimina, mãe do padre Adriano, é o reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padre Reginaldo Padilha.

“A mãe dele é uma guerreira, sábia e muito humildade. A humildade e carinho (certeza) que aprendeu dos gestos simples da mãe. Ele perdeu o pai muito cedo”, revela.
De acordo com o reverendo, o jovem padre começou a participar da comunidade católica na Paróquia Nossa Senhora da Guia, no Parque do Lageado, onde morava e que até hoje é ainda onde sua família vive.
Logo depois, ele foi estudar no Seminário Redentorista de Curitiba, capital do Paraná, e também se formou em teologia na PUR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), em Londrina; até retornar para Campo Grande, no ano de 2019, e atuar no Santuário da N. S. do Perpétuo Socorro, como responsável pelo Cerco de Jericó.

“3 anos de Ministério. Viveu com muita intensidade, grande amor pela Igreja, muito humilde, voz amorosa, grande líder espiritual (…) uma grande perda”, detalha padre Reginaldo. “Sempre era motivo de risada, convivência muito saudável, belos dotes culinários. Tudo feito com muito amor, fraternidade (…) conquistou muitas amizades. Um menino que soube, com muita tranquilidade, fazer e eternizar momentos”, completa.
Velório r4i25
O padre Adriano, aos 19 anos, idealizou o Movimento da Juventude Missionária Redentorista. O seu falecimento ocorreu no sábado (4) depois dele enfrentar problemas neurológicos e ficar internado por aproximadamente 20 dias.

O corpo foi velado no domingo (5), no Centro de Apoio ao Devoto no Santuário N. S. do Perpétuo Socorro, na presença de Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Vitório Pavanello, arcebispo emérito, e Dom Mariano Danecki, bispo auxiliar. Em seguida, a Missa de Exéquias foi realizada no local.
O sepultamento aconteceu às 9h30, em Curitiba, onde residem os jazigos dos padres redentoristas, aqueles que tomam conta dos grandes santuários brasileiros.

FALE COM O PP 6s423v
Para falar com a redação do Primeira Página em Mato Grosso do Sul, mande uma mensagem pelo WhatsApp. Curta o nosso Facebook e nos siga no Instagram.