Colorida de cipó-ouro, cerca viva vira cenário de fotos em Campo Grande 4h6m57
Onde até o feio fica bonito. A frase é emprestada do motorista Edson Lenz, de 53 anos, vizinho da cerca viva que encanta quem a pela Rua Tenente Lira esquina com a Comendador Bastos, no Bairro Jardim Seminário em Campo Grande. A florada amarela virou ponto de fotos e vídeos nestes últimos dias pelas redes […] 466t3y
Onde até o feio fica bonito. A frase é emprestada do motorista Edson Lenz, de 53 anos, vizinho da cerca viva que encanta quem a pela Rua Tenente Lira esquina com a Comendador Bastos, no Bairro Jardim Seminário em Campo Grande.
A florada amarela virou ponto de fotos e vídeos nestes últimos dias pelas redes sociais. Apesar de só ter “aparecido” agora, o cipó-ouro está ali há pelo menos 10 anos.
O muro coberto de amarelo marca presença na esquina que é caminho de muita gente, principalmente quem se dirige à UCDB.
O vídeo abaixo foi feito pela engenheira agrônoma Juliana Casadei, uma das dezenas de pessoas que ou por ali, e decidiu registrar.
“No dia anterior ele já tinha me chamado atenção, mas segui meu caminho. Depois ei, vi que já estava caindo e parei”, descreve. A cena lhe chamou atenção por ser um muro simples e como a vegetação conseguiu dar vida e cor.

Professora da UCDB, Patrícia Lira, de 33 anos, a todo dia em frente ao muro e viu desde o início até o ponto alto da florada.
“Na quarta-feira da semana ada eu vi que estava bem florido, na quinta eu pensei: ‘vou parar’ e não parei. Quando foi na sexta, estava deslumbrante. Todas as flores abertas e já tinha começado a cair. Não resisti, parei e fui fotografar”, narra.
Do outro lado da rua ela viu uma colega de serviço que gentilmente foi até o muro para que Patrícia também saísse nas fotos. “Eu aprecio muito as flores, a natureza. Vejo a perfeição de Deus em tudo”, reflete a professora.
No ano ado, em razão da pandemia, ela ficou em home office bem na época da florada e não chegou a ver o muro pintado de amarelo.

Testemunha da florada 3t3l3m
Seu Edson é o vizinho que mora de frente para o muro há dois anos e coleciona na galeria do celular fotos da cerca viva. Mesmo florindo todos os anos, em 2021, ele diz que foi diferente.
“Nunca foi tanto assim que nem este ano, e mesmo sem chuva, ele floresce. Eu falei para o dono: ‘aqui, até um feio fica bonito'”, diz rindo.

A cerca viva enfeita o muro de um terreno de 2 mil m² que tem como principal função “desestressar” o dono. Militar da reserva, Vicente Davi de Moura tem aquela terra há três décadas apenas para plantar e cultivar.
Por telefone, ele atende a equipe e gargalha quando ouve que todo mundo tem parado no muro para fazer registros. “Tenho que cobrar royalties, então”, brinca.
A planta veio do Pará, há 14 anos, trazida pelo cunhado de Davi que tem fazendas no Norte do País. “Ele trouxe uma muda e eu plantei. Eu sabia como era, lá é como praga, se deixar toma conta de todinho o terreno, sobe nos coqueiros, nos pés de árvore”, descreve.
Aqui, ele diz que se orgulha de ver o cipó-ouro tão exibido assim na rua e nas fotos. “A gente fica cheio de prazer de mostrar que a natureza está aí mostrando seu valor”, comenta.
Já acabou 1i3w3x
Sim, a florada é curta e dura menos de uma semana. Só nos meses de setembro, nos dias que antecedem a primavera. “É pouco tempo, não a de uma semana. É florada curta, igual de Ipê”.
Quem tirou, tirou, quem não tirou, não tira mais. Outra frase emprestada do motorista vizinho do muro.
Um dos exemplos é a estudante de Nutrição Carla Prieto, de 24 anos, que foi deixando para depois, para depois e agora ficou sem. “Eu ia tirar foto, mas estava tão apurada que não tirei. Agora me arrependo”, desabafa. Ela também é vizinha da florada há cinco anos e se lembra do muro ficar tão colorido assim só agora.
“Chamou atenção pela cor, amarela, chamativa”, pontua.
Até o último domingo (12) ainda havia flores no cipó-ouro. Hoje, a gente só vê estes detalhes no chão. O vento se encarregou de “organizar” rente ao muro, então precisa de muita atenção para saber que ali foi o ponto de tantas fotos.
O dono diz que reou muda para quem teve a sorte de encontrá-lo ali, no comecinho da manhã e pediu. Mas, até começar a florescer vai pelo menos uns três anos.
Em 2022, a gente volta para ver a cerca viva amarelinha. Por ora, só as folhas bem verdinhas, recém-nascidas estampam a esquina.
