Amigos só têm palavras de afeto para Dan, estudante assassinado 6q3g2k
Amigos não pouparam elogios ao estudante Danilo Cezar de Jesus Santos, de 29 anos, encontrado morto na manhã desta terça-feira (8), três dias depois de desaparecer em Campo Grande 6es1f
“Doce”. “Querido”. “Carinhoso”. “Alegre”. As palavras carregadas de afeto são dos amigos de Danilo Cezar de Jesus Santos, de 29 anos, e dão uma dimensão do quão amado era o estudante que partiu tão cedo.
Desaparecido desde domingo (5), “Dan”, como era carinhosamente conhecido, foi encontrado morto na manhã desta terça-feira (8), em Campo Grande. Um suspeito pelo crime foi preso. Os amigos que antes lidavam com a aflição pela falta de notícias, agora, enfrentam a dor de perder um jovem de alma caridosa.

“A pessoa (Danilo) mais doce e querida que já conheci”, comenta a estudante Rebeca de Azevedo. Amiga de Danilo desde a graduação, a estudante conheceu “Dan” assim que se mudou para a Capital, vinda do interior de São Paulo.
“Demorei a fazer amizades, mas quando me aproximei do ‘Dan’ ele realmente me acolheu, sempre ajudando”, comenta. A amizade continuou na pós-graduação. Cientista social de formação, Dan eram mestrando em antropologia social na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
“Fazíamos aulas juntos e em todo momento sempre me ajudando, porque trabalhava de madrugada e ia direto pra aula. O ‘Dan’ é uma pessoa muito fácil de amar, bastava 5 segundos de conversa pra se apaixonar por ele. Sou apaixonada pelo ‘Dan’ e sempre seremos”, lamenta a jovem em nome dos amigos.
Nas redes sociais, a verdadeira corrente que se formou na busca por informações do garoto, deu lugar a uma série de mensagens de afeto.

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“Lembro das várias vezes que chegavam em mim e falavam ‘você lembra um amigo meu’ e eu respondia “já sei, o Danilo!”. E depois quando nos encontrávamos, a gente ria disso porque ele dizia que falavam a mesma coisa para ele em relação a mim. Uma pessoa extremamente carinhosa e cuidadosa com os seus”, comentou João Gil, pelo Twitter.
Jean Ferreira lamentou a perda do amigo e pelo futuro promissor que “Dan” poderia ter pela frente.
“Conheci o Danilo nos rolês da Capital, sempre doce, alegre, educado e muito crítico a cena social e política, já que era Cientista Social e mestrando em Antropologia pela UFMS. Hoje, também, a ciência perde uma voz que contribuiria muito mais para o nossa sociedade”, disse o amigo. “No Dia da Mulher, a data que é de luta, e não romântica, também é de luto hoje”, complementou Jean.
Nuala Lobo Cambará, uma das vozes mais ativas da cena cultural em Campo Grande também era amiga de “Dan”. O jovem foi um dos apoiadores do Pagode da Nuala, evento que retornaria a acontecer no próximo domingo (12), mas foi adiado após a morte de Danilo.
“Dan fez parte do nosso time de apoio e divulgação desde o infelo do nosso projeto, com sua presença afetuosa e alegre somou com o nosso evento em todas as edições. Um momento triste e difícil para os familiares e nós amigos”, lamentou.
Após a confirmação da morte do jovem, nesta terça-feira (8), uma vaquinha virtual foi organizada para arcar com os custos do velório e o dinheiro foi rapidamente arrecadado. O local e horário da cerimônia, contudo, ainda não foi definido.
Desaparecimento e morte 4676n

A Polícia Civil ainda apura as circunstâncias da morte de Danilo, o que se sabe até o momento é que o estudante foi morto com um um golpe de mata-leão. O corpo de Danilo foi encontrado no cruzamento das ruas Cândido Mariano e Alan Kardec, na região da Orla Morena.
“Maranhão”, apelido do homem suspeito de matar o universitário foi preso cuidando de carros na região do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na avenida Afonso Pena, na manhã desta quarta-feira (8).
O suspeito acompanhou Danilo desde a casa noturna de onde o jovem saiu, por volta das 08h40 de domingo (5). Durante as investigações, imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar até onde o jovem andou acompanhado de Maranhão.
Maranhão foi preso, inicialmente, por ocultação de cádaver, enquanto a Polícia Civil recolhe todos os elementos para, possivelmente, autuá-lo também por homicídio. A investigação segue a cargo da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios”.