Vitória traz no nome o símbolo da persistência dos pais na tentativa de ter um filho 6l364k
André e Regiane nunca perderam a esperança de ter um filho. Vitória chegou para ser a alegria dos pais. 311x3h
André Molina, geólogo, 57 anos, pai. Regiane Berchielo, funcionária pública, 54 anos, mãe. O casal, com 41 anos de relacionamento, traz na bagagem de vida uma história de persistência e graça: a luta de ambos na tentativa de ter a tão sonhada filha.

Em entrevista ao Primeira Página, André relata seu olhar diante do período de dificuldade que ele e a esposa, moradores de Várzea Grande, enfrentaram para conseguir ter um filho. Nessa caminhada, Regiane sofreu dois abortos espontâneos de gestações gemelares em um intervalo de 2 anos.
Após a primeira perda, ela descobriu que possuía uma má formação, que divide o útero ao meio por uma membrana, por isso a dificuldade em manter as gestações.
A notícia poderia ter sido o motivo da desistência do casal, mas André se manteve firme ao lado da esposa. Esse não poderia ser o ponto final.
Acreditar e persistir
André conta que, apesar dos obstáculos, ele nunca se fechou para a possibilidade de que a esposa pudesse ter uma nova gestação, mas que em determinada parte do caminho, o casal começou a considerar e conversar sobre a adoção de um filho, até mesmo para proteger a saúde física e psicológica de Regiane, sem deixar de lado o sonho que tinham de criar um ser.
Até que, inesperadamente, Regiane descobriu a terceira gravidez. A esperança renascia.
Com a “capacidade de apagar a tristeza”, veio ao mundo a pequena Vitória, carregando no nome o “símbolo da importância dela na minha vida e da minha esposa”, como conta o pai.
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Era pra ser
André tem orgulho de contar como a filha, que hoje tem 26 anos, veio ao mundo e trouxe a resposta que deu sentido a tudo: era pra ser!
“Após a Vitória, a Regiane ainda teve mais um aborto, então, entendemos o momento de parar, já tínhamos nosso presente”, conta.
Vitória é diretora de cinema, formada em comunicação social pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), e também conversou com o Primeira Página, contando sobre sua relação com os pais, e como descobriu sobre sua própria história:
“Acho que eu deveria ter por volta de 11 anos, perguntei porque meu nome era esse, eu queria saber a história do meu nome.. então meus pais me contaram tudo que enfrentaram.”
Vitória afirma que amor por parte do pai é algo que jamais lhe faltou. “Ele sempre foi tão gentil comigo, meu melhor amigo!”

Nesse Dia dos Pais, a jovem desabafa, emocionada: “na verdade, meu pai e minha mãe é que foram um presente pra mim, e não só eu que fui pra eles.”
Por fim, Vitória conta que carrega no peito uma luz pra guiar seu próprio caminho, uma luz que o pai despertou nela a partir de uma frase que ouviu muito dele e que ela sempre repete pra si mesma em momentos decisivos:
“Tem uma frase que ele fala muito pra mim: tudo vai dar certo no final, se não deu certo é porque ainda não acabou.”