Tamanduá vira mascote de mães com filhos autistas e acalento em pelúcia 181n42
Ideia da produção além de chamar atenção para causa animal, os artesanatos chamam atenção para causa autista 3h623k
No mês de conscientização sobre o autismo, em Três Lagoas, a 311 km de Campo Grande, mães de crianças e adolescentes com autismo uniram-se em uma associação para se apoiarem em suas maternidades atípicas e buscarem direitos para seus filhos.

O Tamanduá, mascote da entidade, agora se transformou em bichos de pelúcia produzidos por mamães artesãs. A ideia é chamar atenção para causa animal, assim como os artesanatos chamam atenção para causa autista.
Os animais de pelúcia têm nomes: a mamãe tamanduá se chama Duda Tremeterra, o filho é Raio de Luz e a filha é Alba.
Joelma Mendes Pedroso, uma das artesãs, explica que assim como as mamães tamanduás, as mães estão sempre ao lado dos filhos autistas.
“O animal vive só com a mãe e filho. Você não vê o tamanduá em bando. Aí lembro das pessoas autistas, na maioria das vezes nas escolas ou na vida social, são aquelas pessoas que estão sempre isoladas, e a mamãe carrega seus filhotes nas costas até a fase adulta”, afirma Joelma, que é mãe de autista.
Joelma Mendes Pedroso, artesã.
A inspiração para os tamanduás de pelúcia veio durante um sonho que Joelma teve, e há cerca de um ano e meio ela começou a produzi-los.

Priscila Keila de Mendonça, intérprete de Libras e mãe de autista, também ou a auxiliar na confecção das peças.
“Faço crochê e outros tipos de artesanato, mas sempre por hobby. Mas agora tô aprendendo para fazer parte do movimento da associação”.
Priscila Keila de Mendonça.
A Associação que a Priscila mencionou é a AMA (Associação de Pais e Amigos dos Autistas) de Três Lagoas. Com esses artesanatos, a intenção é chamar a atenção para as dificuldades vividas pelas mães e pelos filhos autistas no dia a dia.
Juliano Júnior Valério, filho de Joelma, de 16 anos, se diverte e aprende enquanto ajuda na confecção dos tamanduás.
“Primeiro, iração pela mãe, além de poder fazer tudo isso. Ajuda bastante no museu das mãos. Eu me vejo trabalhando, só que não sei no quê. Tem tanta coisa legal que nem sei o que farei”, afirma.
Juliano Júnior Valério, 16 anos.