Sofá de família emoldura união e sorrisos há quase 4 décadas 5x233k
Sofá tem espaço na sala e na memória afetiva da artesão Maria Parecida Assis de Oliveira, de 60 anos q46b
Quase toda família tem algum objeto que atravessa gerações. Uma geladeira antiga, o porta-retrato com a foto de um ente querido ou aquele toca discos que virou relíquia. Na casa da artesã Maria Parecida Assis de Oliveira, de 60 anos, é um sofá que resiste ao tempo.

As fotos não deixam mentir, o sofá capitonê marrom segue intacto há 36 anos e tem lugar cativo na sala e na memória afetiva dos “Assis de Oliveira”.
Para toda a família 155tn
Cida conta que a compra do sofá foi uma das prioridades dela e do marido, o aposentado Danilo Rosa de Oliveira, de 70 anos, logo após eles se casaram em setembro de 1988.
Isso porque a família do casal já nasceu grande, Danilo tinha 7 filhos pequenos quando os dois subiram ao altar. Da união, nasceram outras duas filhas.

“Eu falei para ele: olha, a gente vai ter que comprar um sofá bem resistente, escuro, revestido com material semelhante a couro por conta das crianças porque elas podiam pular, derrubar alguma coisa. Seria mais fácil de limpar. Eu nem gosto de marrom, mas compramos esse mesmo para depois trocar por um de tecido, claro. Mas acabou que as crianças cresceram, foram casando, os netos foram nascendo e o sofá continua lá”.
Maria Parecida Assis de Oliveira, artesã.

Cida conta que o conjunto de móveis era composto por três sofás, de 1, 2 e 3 lugares. A poltrona única foi doada, mas os outros dois sofás acompanharam as várias fases a família.
A artesã, o marido e as filhas começaram a vida no bairro Parque Residencial Iracy Coelho Netto em Campo Grande. Eles moraram primeiro de aluguel e em seguida adquiriram uma casa própria no mesmo bairro.

Quando as filhas estavam saindo da adolescência, a família se mudou para o bairro Monte Líbano para elas ficarem mais perto da faculdade. No bairro, a família viveu por cerca de 15 anos até retornarem para o Iracy Coelho, sempre com o sofá no caminhão de mudança.
Ao longo dos anos, o sofá capitonê marrom brilhoso também emoldurou fotos que eternizaram os momentos de descontração da família.
Do mês de dezembro de 1993, nasceu o registro que mostra Gláucia Raquel Assis de Oliveira, uma das filhas de Cida, toda sorridente.
Ela e a irmã, a analista judiciário e celebrante de casamentos, Ana Maria Assis de Oliveira, também aparecem no colo do paizão, sentadas no sofá.
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A foto que abre a reportagem também dá uma dimensão da agem do tempo.
As imagens mostram Ana Maria e o filho dela, o pequeno Francisco, no sofá. Mais de três décadas separam uma imagem da outra. Quem notou a semelhança entre as imagens carregadas de nostalgia foi a própria Cida.
Ela confidencia que preserva alguns outros móveis adquiridos na época do casamento, mas nenhum deles tem tanto destaque quanto o sofá capitonê. Se depender da artesã, o móvel ainda vai resistir na família por muitos anos.
“Só tenho esse sofá em casa e será para sempre esse, porque eu não vou trocar mais não”.
Maria Parecida Assis de Oliveira, artesã.
