Saúde encena agressões à mulher para motivar vítima a denunciar 1n606o
Agressões pareciam tão reais que o jardineiro Edison Gonçalves chegou a parar o carro para ajudar a vítima da encenação 53nk
Tudo era apenas uma encenação, mas uma mulher sendo perseguida e agredida pelo marido chamou atenção de quem ava pela avenida Guaicurus, uma das mais movimentadas de Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (24). Tudo foi elaborado pelos servidores da USF (Unidade Básica da Saúde da Família) do bairro Alves Pereira para incentivar as mulheres vítimas de violência doméstica a denunciar.

Segundo os profissionais 60% das mulheres que procuram atendimento na USF são vítimas de agressões físicas e psicológicas. No entanto, a maioria não quer denunciar o agressor. Também levaram faixas, cartazes e fizeram panfletagem na avenida.
“Às vezes ela tem uma dependência financeira, ou psicológica do companheiro e elas têm medo da denúncias, porque muitas vezes elas são ameaçadas”, afirmou a gerente do posto de saúde Débora Carvalho da Silva.
A encenação desta manhã faz parte da programação do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A cena parecia tão real que o jardineiro Edison Gonçalves chegou a parar o carro para socorrer a mulher que representava a vítima de violência.
“Eu ia socorrer, claro. Isso não pode acontecer. Tanta gente parou e não socorreu a mulher sendo espancada. Eu achei que era verdade”, contou o jardineiro
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A responsabilidade da encenação foi da Sandra Rocha, que trabalha no setor istrativo, e do agente comunitário de saúde, Edy Santos. De acordo com eles, mesmo na ficção a experiência foi assustadora.
“É muito chocante, porque eu ei por isso tanto verbalmente, quanto fisicamente. Então, o que eu puder ar para as mulheres, não apenas encenação, como também falar, eu vou ar”, disse Sandra.
“Muitas vezes acontece quando o casal está sozinho, porque o agressor é covarde. Igual no caso da encenação, quando eu vejo que ela vai pedir ajuda, a primeira coisa que eu faço é correr, porque o agressor sempre vai ser covarde de não estar naquela situação”, explicou o agente de saúde.