Ralador de R$ 1,99 fez cuidadora desistir de amigo-oculto “para sempre” 3c5a4p
“Eu ganhei um ralador e chorei de raiva. Na primeira ralada de cenoura ele quebrou”. A declaração é de Raquel Marques, de 33 anos, ao responder o motivo de não gostar de amigo-oculto. Ela afirma que desde 2017, quando recebeu o utensílio de cozinha em Campo Grande, “nunca mais quis saber” da brincadeira, mas abre […] 5k5a3e
“Eu ganhei um ralador e chorei de raiva. Na primeira ralada de cenoura ele quebrou”. A declaração é de Raquel Marques, de 33 anos, ao responder o motivo de não gostar de amigo-oculto.
Ela afirma que desde 2017, quando recebeu o utensílio de cozinha em Campo Grande, “nunca mais quis saber” da brincadeira, mas abre uma exceção quando os participantes fazem parte da família.
Assim como a cuidadora de idosos, muitas pessoas têm recordações nada agradáveis sobre os presentes recebidos.

O sorteio que “traumatizou” Raquel foi realizado entre as amigas de um curso de artesanato. Ela lembra de ter dado um conjunto de roupas e disse ter ficado surpresa ao receber um ralador. “Quando revelou eu achei que era brincadeira de mau gosto, mas ela me abraçou”, conta aos risos.
A cuidadora disse que até tentou disfarçar a insatisfação, mas acha que “todo mundo percebeu”, especialmente porque o valor ainda estava grudado no utensílio. “Veio com o preço e isso marcou muito a minha vida. Hoje só participo de amigo-oculto entre a gente”, diz apontando para as filhas que, também, sabem da história.
Outro sorteio marcante envolveu a doméstica Elisabeth Magalhães, de 59 anos. Ela afirma ter dado um “perfume caríssimo” e recebido um relógio “bem xexelento, de plástico”. Na ocasião, ela disse ter pensado no “sacrifício que fiz para comprar um presente bom para receber isso?”, mas mesmo assim não desistiu de brincar até porque participa com os parentes. “Só não fizemos nestes últimos anos porque estamos na pandemia”.
Amigo-oculto da família 2l5229
A brincadeira entre os familiares nem sempre sinônimo de felicidade. O cozinheiro Rodrigo Werneck, de 37 anos, por exemplo, lembra de ter recebido um guarda-sol em uma das confraternizações do tipo.
Segundo ele, a brincadeira estava ocorrendo normalmente até que informaram sobre um amigo-da-onça, ou seja, alguém receberia um presente que não iria gostar. Ele foi sorteado para levar o guarda-sol para casa. “Na hora disfarcei, tentei amenizar, disse que aproveitaria de alguma forma e seguiu o jogo. Mas depois dessa não faço mais questão, não”.
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Quem também já desistiu de brincar é a técnica de enfermagem Isabel Bueno, de 68 anos. “Nunca tive sorte. Acho que estipulam o preço e as pessoas pegam o mais barato porque só lembro de ter ganho presente ruim. Aí eu parei”, diz.
O consultor de vendas Leônidas Campitelli, de 34 anos, lembra até hoje da pulseira hippie de palha que recebeu em um amigo-secreto durante o ensino fundamental. “Impossível esquecer! Foi hilário demais”, disse, ressaltando ter levado o caso na esportiva.
Questionado se desanimou de participar de outros amigos-ocultos após esse, Campitelli respondeu: “jamais”. “Convenções sociais me movem. Gosto de pessoas”, finalizou.
Meme
No último domingo, o humorista “Esse Menino” virou meme na internet após ganhar uma luminária no amigo-oculto promovido pelo programa Fantástico, da Globo. Ele foi sorteado pelo ator Michel Gomes.
