Presente neste Dia das Mães é ver filhos a salvo no Rio Grande do Sul 5t1w2u
Mães que moram em Mato Grosso do Sul precisaram lidar com a saudade e a preocupação de ver o filho enfrentar a enchente do Rio Grande do Sul x4l3g
“Oi, minha filha, não se preocupe não. Meu presente maior neste Dia das Mães é saber que você está em segurança”.
O áudio enviado por dona Rosângela Barros, 58 anos, a filha, Cristina Barros, já diz tudo. A voz embargada traz o alívio de estar falando com a primogênita que mora no Rio Grande do Sul mesmo a quilômetros de distância e guarda o desejo de quem vivencia a maternidade, a de ter o filho seguro não importa quanto tempo e.
Ouça a reportagem de Alexia Schumacher e o áudio de dona Rosângela ?:
Ela é uma das mães que sentiram o medo de que algo acontecesse com seus filhos, todos moradores do estado do Rio Grande do Sul.
“Minha filha mora em Porto Alegre, eu fiquei sabendo da tragédia através da TV e depois entrei em contato com ela, porque fiquei muito preocupada. Ela mora no bairro Sarandi que está debaixo d’agua e precisou sair, está na casa da cunhada, ela e o esposo. Agora eles estão seguros graças a Deus”, conta Rosângela.
Para ela, é até difícil falar sobre a situação sem se emocionar. “Fica difícil de falar, até me emociono é muito triste não ter minha filha aqui, não tenho nenhuma vontade de sair pra comemorar e ver minha filha naquela situação. Eu desejo um ótimo Dia das Mães pra todas com muita saúde e principalmente pras mães como eu que tem filhos nessas condições, que tenham força que vai dar tudo certo. Eles vão sair dessa mais forte do que estavam”, acredita.

Cristina, que está em Porto Alegre, tenta tranquilizar a mãe mesmo a distância. “Estamos seguros, abrigados, graças a Deus a gente teve pra onde ir. A situação é realmente é muito difícil, a cidade está colapsada, falta gás, água, em muito lugares falta luz, falta o básico pra muita gente. //a gente não sabe quando isso tudo vai ar, quando vamos voltar e em quais condições”, explica.
Para ela, o mais importante é que estão vivos. “Temos um teto, um casaco pra vestir”.
Coração aliviado 673h3g
Maria José Rufina Cavalcante mora em Campo Grande, já a sua filha, Mariana, estuda enfermagem em Palmeira das Missões. Quando tudo aconteceu, ela ficou preocupada com a segurança da jovem, que ficou sem internet e energia elétrica alguns dias.
“Eu fiquei sabendo por ela mesma, pois eu estava acompanhando um familiar que estava internado e não acompanhei as notícias. Ele faleceu e eu pedi pra ela vir, ela disse que não tinha como sair de lá que as pontes estavam caindo Fiquei muito preocupada e pedi pra ela voltar pra faculdade. Ficaram sem internet, sem energia. A preocupação era se continuasse sem o, sem alimento, coração de mãe pensa em tudo, mas graças a Deus está bem, ela não vem pra cá nesse Dia das Mães já que a recomendação do governo é pra quem estiver seguro fica onde está, porque as estradas não estão seguras”, ressalta.
Quem também ficou com o coração na mão é a aposentada Clara Castro de Camargo, 85 anos. Dos sete filhos, apenas uma ainda mora no Rio Grande do Sul.
“Só a caçula ficou morando em Canelas, trabalha em Gramado e uma neta também. Onde elas moram não foi atingido pela enchente por ser mais alto. Também tenho duas irmãs que moram em Porto Alegre e um irmão que mora no Guaíba, mas não foram atingidos porque moram em lugares mais altos, somente uma cunhada e uma sobrinha que moram em Canoas tiveram que abandonar suas casas”, explica.

Para ela, o Dia das Mães seria normal, se não fosse a tristeza pelo que está ocorrendo. “Seria normal, não fosse a tristeza que estou sentindo em meu coração pelos meus conterrâneos e pela enchente que assolou grande parte do meu Rio Grande do Sul. Que Deus abençoe a todos e de força a esse povo guerreiro e trabalhador, que terão muito trabalho pela frente para a reconstrução de seus lares. Desejo a todas um feliz Dia das Mães.