Papai Noel da Vila Margarida, seu Máximo partiu 5 meses após morte da esposa com quem viveu 6 décadas 5t2sl
Cinco meses depois da partida da esposa, e a mudança para o sítio, Máximo Aguilheira não aguentou de saudade, acredita a família 1g4g1v

O Papai Noel da Vila Margarida fechou de vez as portas da casinha de madeira na Rua Carneiro de Campos, onde viveu por 35 anos. Cinco meses depois da partida da esposa, e a mudança para o sítio, Máximo Aguilheira não aguentou de saudade.
Essa pode ter sido uma das causas para a partida repentina. Sim, porque apesar de ter vivido 96 anos, ninguém esperava se despedir dele agora.
“Parece estranho dizer que uma pessoa partir aos 96 anos pega a gente de surpresa, mas realmente foi o que a gente sentiu, porque parecia que ele seria eterno. Agora ele resolveu ser eterno lá em cima, junto com a minha bisavó, o amor de uma vida inteira”, declara a bisneta Simone Galassi.

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São muitos números que permeiam a vida do Papai Noel da Vila Margida. Foram 63 anos de casados, mais de 35 anos vivendo na Vila Margarida – bairro que ele viu crescer – e, 40 anos cultivando a barba.
O apelido de “Papai Noel” faz jus à figura, seu Máximo foi o bom velhinho em creches e também entre a família.
“Quando ele chegou aqui em Campo Grande, se vestiu de Papai Noel em algumas creches”, conta uma das filhas, Elza Flores, de 55 anos. A família acredita que ele tenha nascido em Corrientes, na Argentina, as veio embora para o Brasil, mais especificamente Mato Grosso do Sul ainda criança, onde morou em Bonito e Nioaque.
Ao telefone, ainda chorosa pela despedida, a filha pergunta se sairá alguma homenagem. Isso porque seu Máximo ganhou destaque no jornal da TV Morena pela segunda vez, a primeira na voz de Claudia Gaigher, quando anunciava a mudança da Vila Margarida para um sítio em Anastácio, a segunda pela morte.
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A decisão de deixar a casinha de madeira foi dele depois de ver partir a esposa que tanto amava. Dona Maria Luisa Brum Arguilheira morreu aos 87 anos, diante dele, na residência, em agosto. “Pra mim ele nunca reclamou da falta dela, mas mudou totalmente. Falava dela todos os dias, quis sair da casa por um tempo…”, narra Elza.

E no coração de seu Máximo, a saída realmente seria temporária. Na reportagem exibida em outubro ele dizia: “não vou sair não, vou só ear, sair para fazer pesquisa e procurar um jeito de viver mais um pouquinho”.
Na última sexta-feira (28), o Papai Noel sentiu dores na costas e um cansaço. Veio trazido pelo filho de Anastácio a Campo Grande. No sábado, enquanto era atendido, os médicos perceberam que era um infarto. Ele teve o tempo de se despedir da filha, entregar os pertences, mas sem tirar a aliança do dedo, sinal de amor e fidelidade a dona Maria Luisa.
O enterro aconteceu no sábado, no cemitério Jardim da Paz, em Campo Grande, ao lado da esposa. E sobre a casinha de madeira, a família disse que segue fechada, de vez, e que será posta à venda quando o inventário terminar.
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