"Pão e mortadela": pedreiros conquistados por engenheira fazem graça em paredes de obras 6u602n
Mensagens com giz são gestos de agradecimento e reconhecimento m728
Nada como chegar para trabalhar e ver sua equipe feliz. É esse sentimento que a engenheira civil Evelin Mello da Costa, de 28 anos, tem todos os dias em suas obras espalhadas (em sua maioria) na periferia de Campo Grande.

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“Chegar na obra e encontrar lindos recados escritos nas paredes, não tem preço!”, declarou em suas redes, ao mostrar o que os pedreiros pedem a ela toda vez que marca presença nos locais.
Os tais recados citados são nada mais nada menos que “Quero coca, funada não, viu, engenheira”, ou “Quero pão e mortadela”, escritos com giz pelos próprios homens. Evelin, quando viu as mensagens, logo quis publicar nas redes.
“A gente é um time. Adotei isso. Eu não sou nada sem minha equipe de execução. A gente é uma família. A gente a mais tempo junto do que com a própria família. Aí a gente brinca com essas mensagens nas paredes”, explica a engenheira.

Pedreiros reconhecidos o6o54
E essa proximidade com os trabalhadores, conforme Evelin, não foi nada fácil, já que muitos não confiavam em seu jeito gentil de ser.
“Eles me explicaram que outros engenheiros e arquitetos na vida deles sempre os humilharam bastante, que eles eram burros, sem estudos (…) Eles viam esses profissionais como pessoas ruins, que vão tratar eles mal. E eu falei: ‘Olha, eu não sou todo mundo. Eu sou eu e nós somos um time’”, garantiu Evelin.
Após várias demonstrações de afeto e respeito, o sentimento de desconfiança e receio, praticamente, acabou nas obras.
“Então, toda vez que eu puder levar uma Coca, eu vou levar. Toda vez que eles baterem uma meta, eu vou comprar esfirra, um pão. Se tiver que trabalhar no fim de semana, estarei lá. Pelo menos sentada, fazendo meu relatório. A gente é um time”, declara a profissional.