Pais recebem cartinhas dos filhos internados em UTI Neonatal de hospital em Rondonópolis 6l4m53
Projeto foi criado pela enfermeira Ellida Sena, em parceria com outros profissionais de saúde, da Santa Casa, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. 475i1a
A internação hospitalar de bebês recém-nascidos é um momento difícil para os pais e, com o intuito de acalmar o coração das famílias, o projeto “Boletim do Amor” envia cartas aos pais de bebês internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal da Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, como se os próprios filhos tivessem escrito. O projeto foi criado pela enfermeira Ellida Sena de Moraes, em parceria com outros profissionais da saúde.

A proposta do boletim é ar familiaridade e consolo para os pais dos bebês, por isso, ele é escrito em primeira pessoa, como se fosse o bebê estivesse relatando como está o processo de recuperação dele, além de conter uma com o carimbo do pezinho recém-nascido.
A ação foi desenvolvida durante o pico da pandemia da covid-19, quando as visitas na UTI neonatal da Santa Casa tiveram que ser limitadas.
“O o dos pais hoje é liberado, mas na pandemia eles só podiam entrar uma vez ao dia, para receberem o boletim médico. Nesse momento, eu vi a importância de fazer alguma coisa para deixar esses pais mais tranquilos e para humanizar o atendimento, tanto nosso, entre profissionais de saúde, quanto para acalmar esses pais”, disse Ellida.
A enfermeira disse que já perdeu as contas de quantas cartas foram escritas durante esses três anos de projeto, mas sabe que cada uma foi importante para o processo de espera.

“Primeiro eu fico emocionada quando eu estou escrevendo as cartas, quando eu entrego, cada pai tem uma reação diferente, alguns choram e outros já nem conseguem ler. Tudo é feito com cuidado, por isso colocar o carimbo do pezinho é essencial, já que é como se fosse o próprio bebê assinando cada carta”, concluiu
Cartas 5p5q2y
Há dois meses, o hospital tem sido a casa da Tamires Mesquita da Silva. As filhas, Maria Vitória e Maria Clara, nasceram com 6 meses de vida e precisaram ficar internadas por causa do parto prematuro que tiveram.
Por meio das cartas, os profissionais da saúde tentam amenizar o sofrimento e consolar a mãe, que aguarda a alta das gêmeas.
“Às vezes, eu não consigo evitar, acabo chorando mais do que elas. A ação é muito gratificante, e nós só temos a agradecer”, contou.

O gesto também fez diferença na vida da Jéssica Melo, que ou por uma perda gestacional há dois anos e, agora, aguarda a alta da filha Iris, que nasceu prematura com 35 semanas.
“Eu recebi a minha primeira cartinha há dois anos, de um filho que eu tive e faleceu aqui, e agora estou recebendo outra, só que dessa vez é para acalentar o coração. A iniciativa é muito boa, ajuda muito a gente, que sofre com toda essa preocupação. Graças a Deus, nós temos esses profissionais para nos ajudar”, explicou.