Loucos por plantas: paixão cresceu durante a pandemia 2483i

Nas folhagens, pessoas encontraram o refúgio que precisavam para ar um dos momentos mais difíceis da atualidade 1g262v

Quando o contato com outras pessoas ou a ser , as plantas começaram a ocupar as lacunas e ausências provocadas pela pandemia da covid-19 para Amauri Santos, Alexandre Cervi e Julia Mux.

Nas folhagens, eles encontraram o refúgio que precisavam para ar um dos momentos mais difíceis da atualidade no auge de novos casos e mortes causadas pela doença.

Professor de história, Amauri Santos, de 28 anos, lembra que os primeiros contatos com a jardinagem aconteceram no quintal repleto de árvores frutíferas da casa dos avós, no bairro Jardim Leblon, em Cuiabá. 

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Amauri Santos, de 28 anos, é louco por plantas. (Foto: Bruna Barbosa)

Apesar da afinidade com as plantas, ele não pensava em viver a experiência de cuidar das próprias folhagens. No ano ado, por conta do isolamento, tentou buscar formas de quebrar, mesmo que minimamente, a rotina de restrições e chegou a ter mais de cem plantas em casa. 

“Sempre tive esse contato, mas não era algo que fazia parte da minha rotina. Esse hábito se deu em um cenário atípico. Ter desenvolvido esse hábito serviu como refúgio e percebi a necessidade de fazer terapia. Mais que decoração, cuidar das minhas plantas é terapêutico”, conta o professor. 

Jibóia, alocasia, sete-furos, costela de adão e lambari roxo foram algumas das primeiras plantas do professor. Ele mergulhou no universo das “florestas urbanas”, que ganharam destaque durante o período de isolamento da pandemia. 

Amauri aprendeu os nomes científicos e os cuidados específicos que precisava ter com cada uma das plantas. Aos poucos, o professor deixou de lado a tentativa de catalogar as espécies e ou a aproveitar mais os momentos prazerosos. 

“Tentei catalogar para evitar que elas morressem, mas entendi que era um ciclo. Assim como nós. Desde então, tentei tirar algo proveitoso do que estava tentando cultivar em mim. Foi uma experiência de resgate mesmo”, explica Amauri. 

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Publicitário e ator Alexandre Cervi, de 29 anos, queria levar mais vida para dentro de casa. (Foto: Bruna Barbosa/Primeira Página)

Casa “viva”  4a36v

Em um momento que expôs a fragilidade da existência, o publicitário e ator Alexandre Cervi, de 29 anos, sentiu necessidade de levar vida para dentro de casa. Ele comandava um bar-bistrô, que também funcionava como reduto cultural, em um imóvel antigo localizado na rua Comandante Costa, no Centro Histórico de Cuiabá.

Com as dificuldades criadas pela pandemia, ele precisou fechar as portas do estabelecimento. Em um momento que expôs a fragilidade da vida, Alexandre sentiu urgência em levar vida para dentro de casa, onde ficou isolado. 

“Minha casa era bem pequena em comparação com o espaço usado pelo bar, onde várias plantas já estavam espalhadas. Com o comércio fechado, entendi que elas talvez pudessem ser parte da minha casa. Assim como criei outros espaços na casa”, lembra o publicitário. 

As plantas trepadeiras são a espécie preferida de Alexandre, que revela ser apaixonado pela sensação de movimento causada pelas folhas que, à medida que vão se desenvolvendo, ficam penduradas em ramos. 

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Plantas de Alexandre Cervi durante ‘banho de sol’ (Foto: Reprodução/Instagram)

“São minhas preferidas, porque elas ganham amplitude. Eu adoro folhagem. Sou muito fã da jiboia, porque elas são muito resistentes e têm movimento. Você descobre que ela tem sempre um brotinho novo a mais”, conta Alexandre. 

Durante o isolamento, ele também ou a fazer compostagem em casa. Guardando cascas de ovos, frutas, alimentos orgânicos e folhas secas, por exemplo, Alexandre garante um adubo rico em nutrientes que vão auxiliar no desenvolvimento da planta. 

“Uma das primeiras plantas que ganhei de uma amiga estava praticamente morta. Pesquisei sobre ela e descobri que ela curte ser regada com mais frequência. Uma planta com essa característica vai curtir ainda mais a água por causa do calor de Cuiabá. Deixei ela embaixo do ar-condicionado. Ela curtiu muito e hoje está enorme”, explica. 

Plantas como refúgio no isolamento  4y5x1y

Com a gravidade da covid-19 no Brasil, a fotógrafa Julia Mux, de 25 anos, viu sua agenda de trabalhos desaparecer. Assim como Amauri e Alexandre, a jovem também achou refúgio nas plantas para resistir ao momento vivido durante o isolamento.

Quando precisou mudar de casa, descobriu uma distribuidora de plantas e flores. Os eios despretensiosos no estabelecimento renderam a Júlia suas primeiras mudas. O interesse foi tão rápido que além de um atempo novo, a fotógrafa encontrou uma forma de empreender durante a pandemia. 

Fotógrafa Júlia Mux encontrou atempo novo e uma nova de empreender. (Foto: Reprodução/Instagram)

No quintal de Júlia, as plantas se multiplicaram cada vez mais rápido e, nas redes sociais, ela começou a vender algumas das espécies. Logo, nasceu a “Varanda Botânica”. 

“Eu foquei nas plantas para deixar esse período de isolamento mais leve. É como se elas me fizessem companhia e é assim até hoje. Me ajudou principalmente com a rotina, ter algo para cuidar, me dedicar e aprender, auxiliou demais nesse período que a ansiedade atacava”, conta Júlia. 

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