LGBTQIA+: conheça a história de Arthur que tem a sorte de ter duas mães 4d456v

Nesta terça-feira (28) é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e o Primeira Página conversou com um casal que viu a vida se transformar a partir do dia 23 de dezembro de 2021, quando Arthur veio ao mundo. Fruto de uma fertilização bem-sucedida, ele tem a sorte de ter duas mães.

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Casal LGBTQIA+ tem o primeiro filho por fertilização. (Foto: Arquivo pessoal)

A história de amor da jornalista Thais Teles com a esposa, a funcionária pública Laura Cynthia Figueiredo, teve início há 12 anos em um bar de Cuiabá. À medida em que os anos se aram e a união se fortalecia, foi crescendo o desejo de dar um novo o à relação.

“Nós duas sempre tivemos muita vontade de sermos mães, aí no ano ado eu falei pra Laura que seria um momento viável para fazermos isso, já que a gente estava em casa, tomando todos os cuidados, trabalhando de home office. Então, começamos a fazer o tratamento e de primeira deu certo”, relata Thais.

Elas optaram pela FVI (Fertilização In Vitro), um procedimento de reprodução assistida de alta complexidade, utilizado para tratar diversos casos de infertilidade e ajudar mães solo e casais homoafetivos a realizarem o sonho de terem filhos biológicos.

Com a confirmação da gravidez de Thais no ano ado, as mães de primeira viagem prepararam a casa para chegada do filho, assim como a mentalidade da família.

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Arthur nasceu em 23 de dezembro de 2021. (Foto: Arquivo pessoal)

“Quando a gente cria muita expectativa, acaba ficando exaustivo, mas a gente preparou tudo para ele, fizemos uma reforma na casa e preparamos a família também, porque as nossas famílias estão se adequando a lembrar que são duas mães, e não um pai e uma mãe. Então é um aprendizado diário pra gente e para eles”, conta.

Thais conta que Arthur já está com seis meses de vida e é o xodó dos avós. Porém, apesar de todo o apoio familiar e do sucesso no tratamento, ainda assim o casal ou por obstáculos que infelizmente ainda aparecem na frente de boa parte dos casais homoafetivos que sonham em construir uma família: o preconceito.

“A gente sofreu preconceito logo quando começou a ir atrás. Há uns 3 anos, nós fomos em uma clínica que é muito conhecida aqui em Mato Grosso e o médico foi muito grosso e ríspido conosco. Ele desencorajou completamente a Laura e nem deu outra alternativa para ela ir atrás ou tentar de alguma forma de minimizar a dor que a gente já estava sentindo. Saímos do consultório chorando e quase desistimos de tentar ter filho”, expõe.

Segundo a jornalista, o casal também teve dificuldades no hospital, já que em vários momentos Laura foi impedida de entrar na sala de maternidade.

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Segundo Thaís, Athur é o xodó dos avós. (Foto: Arquivo pessoal)

“Várias vezes eles não deixavam ela entrar e ela sempre tinha que explicar que também é a mãe dele. A gente vê que as pessoas ainda não estão preparadas para uma família de duas mães ou dois pais. Falta preparo profissional e psicológico para as pessoas saberem lidar”, ressalta.

Homofobia 3b4e45

A homofobia reflete nos índices de violência contra esse público no estado e no país. De acordo com um levantamento realizado pelo Observatório de Mortes e Violências contra o público LGBTQIA+, divulgado em maio deste ano, Mato Grosso é o segundo estado com maior índice de mortes contra a população a cada milhão de habitantes.

Ainda segundo o estudo, feito com base em dados de 2021, a cada 27 horas uma pessoa LGBTQIA+ morre no país.

Com base nos números e na própria vivência, Thais sabe o preconceito que o filho poderá ter que enfrentar e já se prepara para uma futura conversa com pequeno.

“Uma vez Laura me perguntou: ‘Thais e quando alguém perguntar para ele por que ele tem duas mães? O que ele vai responder">Quero deixar minha opinião!

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