Festa junina da Vila Margarida é a promessa de Geralda que virou tradição 405pv

A festança gratuita que há anos atrai moradores de todas as idades até a Vila Margarida, começou com uma promessa feita em um momento de desespero 1e504f

A festa junina gratuita, que há anos atrai moradores de todas as idades para a Vila Margarida, em Campo Grande, começou com uma promessa feita em um momento de desespero de Dona Geralda Rosenda de Jesus. Ela cumpriu a parte dela até morrer, mas a festança continua porque os filhos e netos decidiram manter a tradição.

Dona Geralda (Foto: Arquivo Pessoal)
Dona Geralda (Foto: Arquivo Pessoal)

Tudo começou em 1956. os gêmeos Ramon e Henrique choravam de dor devido a uma hérnia inguinal. O médico recomendava cirurgia, mas Dona Geralda, com esperança e fé, fez uma promessa: se os filhos fossem curados sem a necessidade de cirurgia, ela acenderia uma fogueira para São João todos os anos enquanto vivesse.

O milagre aconteceu e assim começou a tradição.

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A origem da festa junina z3c43

Quem conta a história é uma das filhas de dona Geralda, Madalena Aparecida Gabriel, de 64 anos. Ela lembra que a festa começou pequena, uma reunião familiar na chácara onde moravam, no Jardim Imperial.

“Era só a gente, minha mãe e os irmãos, com uma fogueirinha no quintal,”.

Madalena, sobre o início da festa junina.

Com o tempo, a festa foi crescendo. Nos anos 60, os vizinhos começaram a se juntar. A fogueira se tornou maior, e a reza do terço foi acompanhada de bolo, quentão e café, tudo feito no fogão a lenha e oferecido de graça por Dona Geralda.

Os gêmeos Ramon e Henrique levantando o mastro com a ajuda de Ricardo, marido da neta de dona Geralda (Foto: arquivo pessoal)
Os gêmeos Ramon e Henrique levantando o mastro com a ajuda de Ricardo, marido da neta de dona Geralda em uma das edições da festa (Foto: arquivo pessoal)

Em 1963, quando a região ainda era cheia de chácaras, a festa já reunia muita gente. Vizinhos e amigos começaram a ajudar, trazendo ingredientes e até construíram um forno de barro para Dona Geralda assar bolos da festa.

A tradicional fogueira (Foto: Arquivo pessoal)
A tradicional fogueira (Foto: Arquivo pessoal)

“A cada ano vinha mais gente,” conta Madalena. Não demorou até que outros pratos típicos de festa junina começassem a fazer parte do cardápio e os vizinhos entrassem na dança da tradicional quadrilha.

A continuação da promessa 5610c

Em 2009, Dona Geralda faleceu. A família, pensando que a promessa havia sido cumprida, considerou parar com a festa, explica a filha. Mas os mais jovens da família, os sobrinhos e netos, insistiram em continuar. “Eles abraçaram a causa,” conta Madalena, orgulhosa.

Guilherme, neto de dona Geralda e Dandara, parente por afinidade (Foto: Arquivo pessoal)
Guilherme, neto de dona Geralda e Dandara, parente por afinidade (Foto: Arquivo pessoal)

Desde então, a festa só cresceu. Hoje, a celebração inclui música ao vivo, cachorro-quente, galinhada, canjica, arroz-doce e, claro, o tradicional bolo e quentão. A organização envolve não só a família, mas muitos amigos e toda a vizinhança com doações de barracas, cadeiras, banheiros químicos e, claro, muita comida. “É uma doação que nem se imagina,” comenta Madalena.

Ramão, um dos que recebeu o milagre, e o filho dele (Foto: Arquivo Pessoal)
Ramão, um dos que recebeu o milagre, e o filho dele (Foto: Arquivo Pessoal)

No dia da festa, a movimentação começa cedo. “Um descasca o alho, outro enche os copos de canjica,” descreve Madalena. E apesar do tamanho do evento, nunca houve uma briga. “Graças a Deus,” diz ela.

E nem mesmo a pandemia foi capaz de interromper a tradição. Em 2020, a festa foi menor, restrita a poucas pessoas, mas aconteceu. Hoje, a festa acontece no quintal de Madalena, na Rua Rio Negro. “A festa ficou porque todo mundo aqui é festeiro,” diz.

Detalhes da festa junina de 2024 (Foto: arquivo pessoal)
Detalhes da festa junina de 2024 (Foto: arquivo pessoal)

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