Família doa órgãos de jovem vítima de acidente de trânsito em Cuiabá 4n6n53

O doador, Igor de 22 anos, deu entrada no hospital em maio deste ano com traumatismo craniano, vítima de um acidente de trânsito. 54i4t

No corredor do hospital, uma corrente de silêncio é quebrada pelo som da maca, que carrega Igor até a sala de cirurgia. O jovem de 22 anos teve morte encefálica na última quarta-feira (31), vítima de acidente de trânsito e mesmo diante da dor, a família optou em doar os órgãos do rapaz. Nesta sexta-feira (02), a captação múltipla de órgãos para transplante foi realizada no HMC (Hospital Municipal de Cuiabá).

Equipe do HMC faz corrente de silêncio para acompanhar a agem da maca do doador. (Vídeo: Cedido)

O doador, Igor, deu entrada no hospital no dia 27 de maio deste ano com traumatismo craniano, após ter sofrido um acidente de trânsito. A morte encefálica foi confirmada pela equipe do hospital, na última quarta-feira (31).

“Meu primo de primeiro grau. Igor era muito gente boa, sempre priorizava a família, cuidava muito, era uma pessoa que cuidava em casa”, afirma Yan Gabriel Araújo de Sukamoto, de 13 anos.

Ainda que diante da dor da perda, a família optou em doar os órgãos do rapaz.

“Mesmo com as nossas tristezas nós podemos salvar outras vidas, sempre importante também priorizar a vida dos outros que também tem importância pra família, é muito amor”, explica Yan.

Yan Gabriel Araújo de Sukamoto, de 13 anos, fala sobre o primo Igor. (Vídeo: TVCA)

Segundo a responsável técnica de enfermagem das UTIs adulto do HMC, Michelle Soubhia Alonso, a partir da decisão da família, foi dado início ao protocolo para o processo de captação de órgãos, para verificar a gravidade do paciente e o potencial para doação. O trabalho durou cerca de 17 horas, o que, de acordo com a enfermeira foi considerado rápido.

“O paciente foi encaminhado para UTI e ficou sendo avaliado o tempo todo, com médicos capacitados juntamente com a equipe múltipla profissional da unidade. Conseguimos finalizar esse protocolo em mais ou menos 17 horas e depois disso nós fizemos toda a logística, entrevista com a família e o aceite da doação”, explica Michelle.

O diretor técnico do HMC, Ademário Almeida Marinho Júnior, conta que esta foi a primeira captação múltipla de órgãos para transplante realizada na unidade e necessitou de uma longa preparação, desde instrumentação cirúrgica à preparação do corpo clínico.

A operação foi conduzida pela CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) da unidade, em conjunto com a Coordenadoria Estadual de Transplantes e o Sistema Nacional de Transplantes.

Os dois rins, fígado e as duas córneas de Igor foram transportadas no fim dessa sexta-feira (2). (Vídeo: Cedido)

“O programa CIHDOTT já existia no hospital, porém sem uma gestão efetiva não conseguia otimizar todo o serviço necessário. Captação de órgãos é um procedimento cirúrgico extremamente delicado, com equipamentos de alto custo e materiais especiais que no SUS não é cadastrado na tabela SigTap”, explica.

Conforme Ademário, foi necessária uma equipe multidisciplinar para o sucesso da cirurgia.

“Foram necessários: um neurocirurgião, um neurologista, um cardiologista, um intensivista, um médico que é credenciado pelo programa do CIHDOTT, habilitado para fazer protocolos de diagnóstico de morte encefálica e abordagem de manutenção da vida do paciente para que ele possa estar viável para fazer a doação, além é claro da equipe de enfermagem e de fisioterapia”, pontua o diretor técnico do HMC.

Os dois rins, fígado e as duas córneas de Igor foram transportados no fim dessa sexta-feira (2) e tudo precisou ser feito em um curto prazo.

Após a retirada, os órgãos precisam ser levados o mais rápido possível para o hospital que realizará o procedimento do transplante, que nesse caso é no estado de São Paulo. Escoltada por viaturas policiais, uma ambulância foi a responsável por levar esses órgãos do HMC até o aeroporto.

A responsável técnica de enfermagem das UTIs adulto do HMC reforça a importância de iniciativas como a da família, de optar pela doação dos órgãos.

“Essa é uma parte muito importante que a gente vê como prioridade porque muitas pessoas necessitam e estão aguardando na fila e a gente vê a dificuldade, o protocolo, todo o processo é muito demorado. Quanto maior for o número de pessoas doadores, que de fato que exponham essa vontade para família, isso vai facilitar muito e ajudar muitas vidas”, destaca , Michelle Alonso.

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