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Falamos Português ou Portinglês? q5g4w

O inglês está invadindo o nosso idioma ou tudo é reflexo da globalização? 2o515c

Às vezes nem percebemos, mas palavras e expressões que não são da língua portuguesa estão cada vez mais presentes na nossa comunicação. Usamos site em vez de sítio eletrônico; e-mail é algo tão corriqueiro que nem lembramos que podemos usar correio eletrônico. Soa mais familiar dizer que vamos ao shopping center assistir a um show em vez de dizer que vamos ao centro comercial assistir a um espetáculo.

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O uso demasiado de palavras em outro idioma pode ou não prejudicar a comunicação?

É inegável a influência do inglês em um mundo tão globalizado. E isso não ocorre somente em relação ao português falado no Brasil, mas também com outros idiomas, em outros países. Não vamos aqui entrar na discussão linguística, se é bom ou não adotar no nosso vocabulário tantas expressões em inglês. A reflexão aqui é se o uso demasiado de palavras em outro idioma pode ou não prejudicar a comunicação, comprometendo a compreensão da mensagem numa reunião ou numa conversa profissional, por exemplo.

Estrangeirismo por praticidade ou em excesso? 654v68

O fenômeno linguístico caracterizado pela apropriação de uma palavra ou expressão de um idioma de outro país é chamado de estrangeirismo. No nosso cotidiano, a lista de palavras em inglês que usamos é grande. Do hamburger ao fitness, da Black Friday ao networking, ando pelo print da tela do smartphone, sem deixar de falar do delivery e do coworking.

Há palavras que já foram adaptadas e incorporadas oficialmente ao português e aram a constar até em dicionários. Um exemplo é ‘deletar’, que foi adaptada do inglês ‘delete’, que significa apagar.

O mundo corporativo há muito tempo empresta do inglês termos que são usados na rotina dos profissionais. Com a globalização, é comum ter ambientes em que convivem pessoas se comunicando em diferentes línguas. E há processos que, de fato, precisam ter um ‘idioma universal’, que possa ser entendido em qualquer lugar do mundo.

O estrangeirismo também se justifica em situações em que a palavra ou expressão não possui tradução para o português. Ou seja, faz sentido deixar em inglês palavras que são difíceis de ter uma tradução adequada e simplificada. E mesmo em ocasiões assim, considere explicar o significado do termo usado em inglês, pois pode haver alguém que não entenda.

A questão é que, quando o uso do estrangeirismo é desnecessário ou excessivo, vira vício de linguagem e dificulta a compreensão por parte de quem não domina o inglês, que é a língua estrangeira mais presente na nossa comunicação. Há quem prefira dizer “estou numa call” em vez de “estou numa ligação“. Outro exemplo: “vou enviar um convite para a próxima reunião” é mais simples de entender que “vou enviar um invite para a próxima reunião”.

O estrangeirismo é prejudicial quando a preferência é pelos termos em outro idioma, mesmo quando existe uma maneira de dizer a mesma coisa, de uma forma mais simples, em português. Quando usamos estrangeirismo somente por modismo e em excesso, é como se estivesse sendo inventado um novo idioma – o tal do Portinglês.

Se o objetivo é sempre tornar a comunicação clara e objetiva, principalmente no ambiente profissional, temos que ficar atentos ao uso de palavras que não fazem parte do vocabulário da maioria. E se a palavra é em outro idioma, o alerta deve ser redobrado. Portanto, use estrangeirismo com bom senso e moderação.

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Comunicação de primeira, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

Comentários (2) 3f1c4k

  • Tim Simpson

    Mesmo, eu odeio quando pessoas dizem “fake news” e não “notícias falsas” ou “gay” ou outras palavras. Você vive no brasil, não Inglaterra, fala português meu deus. Mesmo com Japonês, Espanhol, Polonês et cetera. English for the sake of English, English Spice. Obrigado, eu gosto da sua opinião.

  • Walter Carneiro

    Meu maior problema com o Inglês falado por brasileiros diz respeito à alteração da pronúncia: e-mail não é mais “imél”; QR-Code não é mais “kiuar-coud” etc. e por aí vão muitos absurdos engraçados. Fazer o que, né?

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