"Escolhida" para doar medula, Sandra encarou jornada ao desconhecido 5m4or

O Primeira Página te conta a história de Sandra que doou sua medula em fevereiro 165l2u

Era manhã de novembro quando no celular da pedagoga Sandra Regina de Medeiros, 50 anos, chegou mensagem que mudaria para sempre uma vida. O texto, escrito de forma simples e direta, fazia um convite de salvamento raro. Sua medula era compatível a um paciente. O Hemosul (Hemocentro Coordenador de Mato Grosso do Sul) precisava de resposta rápida para dar sequência ao processo.

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Sandra durante procedimento de doação de medula (Foto: arquivo pessoal)

Coração disparado, emoção, euforia. A resposta foi tão simples e forte quanto a proposta, “aceito!”.

Começava ali uma história que ainda teria alguns capítulos até o grande dia. Sandra foi para São Paulo e lá ficou por três dias. Realizou bateria de exames para checar se estava de fato apta ao procedimento.

Vale ressaltar que a probabilidade de encontrar um doador compatível de medula óssea é de 1 em 100 entre parentes e 1 em 100 mil entre não parentes.

O resultado saiu logo em seguida. Tudo dentro dos conformes. Mas, em dezembro, veio a notícia de que a saúde do receptor havia declinado, fato que paralisou o trâmite.

Era preciso que a pessoa, cuja identidade até hoje não foi revelada, se fortalecesse para só então ocorrer o transplante. “Depois não falaram mais comigo, fiquei até com receio”, contou a doadora ao Primeira Página.

Em fevereiro deste ano, após hiato na conversação, veio a notícia de que o paciente havia se recuperado e estava pronto para receber o precioso líquido que pode salvar sua vida.

Custeio e todo o restante foi feito do começo ao fim pelo Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).

agem em mãos, mais uma vez a cidade de São Paulo foi o destino. Sandra, que teve direito a acompanhante nas duas vezes, ficou hospedada em um hotel próximo ao hospital Beneficência Portuguesa.

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Máquina que realiza o procedimento (Foto: arquivo pessoal)

Foi lá o cenário para a coleta da medula. Ao todo, se aram nove dias entre exames, procedimento e alta. “O tempo todo eles perguntam se a gente quer dar sequência ao processo porque, infelizmente, muita gente desiste”.

Fato que ocorre talvez pelo medo do desconhecido. Receito este que a campo-grandense ajuda a desmistificar.

Os cinco primeiros dias são para tomar medicação que induz a produção da medula. Os efeitos colaterais são como um resfriado, segundo conta a pedagoga. Dor no corpo, um pouco de indisposição, mas nada que impacte muito.

“Não é nada incapacitante. E a emoção é tão maior. Sempre pedi a Deus para me usar, sempre quis doar e nunca imaginei que isso aconteceria”.

A atitude exige altruísmo genuíno.

A identidade de quem recebe é mantida em sigilo. Não se sabe idade, sexo, raça, doença, naturalidade. Absolutamente nenhuma informação é reada. Somente após 18 meses quem doa e quem recebe pode se conhecer.

“Eu espero que a pessoa queira”, torce. Isso porque a iniciativa precisa partir do lado oposto.

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Publicação feita pela filha mais velha de Sandra (Foto: Redes Sociais)

Embora não tenha rosto, Sandra imagina que esteja mudando o rumo de uma história compartilhada por muitos, como família e amigos do paciente, e ressalta que “podia ser um filho, um parente meu”.

O retrato esteve perto, inclusive. Quase duas décadas atrás, uma sobrinha enfrentou a leucemia aos cinco anos. A batalha foi vencida, hoje a jovem está na reta final do curso de medicina veterinária.

“Então é isso. Não senti medo, tenho muita fé em Deus e sabia que se ele me escolheu, me capacitaria”.

A coleta da medula ocorreu no dia 25 de fevereiro ado e levou quase duas horas. O método foi via catéter inserido na virilha. Tudo com a devida sedação e sem intercorrências. Dentro de alguns dias outra bateria de exames será feita para checar se está tudo bem com Sandra.

Depois, vai ficar a torcida para dar tudo certo com o receptor e que, em breve, o encontro aconteça.

“Agora tenho mais um irmão de sangue, né">Quero deixar minha opinião!

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