Ensaio da liberdade: existe vida após relacionamentos abusivos, prova Neuza em sessão de fotos 4b6431
Ensaio da liberdade é protagonizado por Neuza. Mãe, professora e dona de si mesma que experimenta viver livre aos 54 anos e transmite sentimento em fotos 4w684q
Ensaio da liberdade é o nome que Neuza, mãe, professora e hoje livre, deu para a sessão de fotos no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O cenário é um mero detalhe diante do sorriso da protagonista.
O ensaio foi um presente dos filhos quando Neuza Salentim dos Santos completou 54 anos. Posar para uma fotógrafa já estava nos planos da mãe que queria registrar a liberdade nunca antes vivida.
“É um momento único da minha vida. Fim do ano ado comecei a viver uma fase muito especial. Eu tive dois casamentos abusivos e consegui me libertar dos dois e realizar coisas que eu sonhava a minha vida inteira”, narra.

Ser livre 14733w
Depois de dois casamentos abusivos e uma vida ditada por púlpitos de igreja, Neuza experimenta se descobrir sem amarras. “Eu pintei minhas unhas de vermelho aos 53 anos de idade. Eu fui criada de uma forma que mulher não podia pintar, que era uma cor que mulher decente não usava. Cabelos curtos? Calça comprida, não podia. Hoje eu não acredito que Deus vai me dar as costas por causa disso”, explica.

As brechas para uma vida livre foram sendo abertas a medida em que Neuza conseguia realizar um dos itens da check-list do que era sonho, como a primeira faculdade. “Eu fui estudar só bem madura, e agora quero caminhar para o mestrado, o doutorado. Eu não quero parar. Eu quero muito ser dona de mim, da minha vida e das minhas escolhas”, diz a professora.
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No ensaio da liberdade, as imagens foram registradas pela fotógrafa Tainá Boiarenco e retratam um sorriso que até pouco tempo não se via na expressão de Neuza. Criada para se casar, ter filhos e cuidar do marido, ela reflete a vida de muitas que se veem apenas como mulheres do lar.


Nos últimos seis anos, Neuza viu a depressão bater à porta. Não tinha roupa nova ou viagem que lhe trouxesse felicidade. E foi aí que a professora começou a questionar o por quê de tanta tristeza.
“Eu fui criada para cuidar das vontades do marido. Sabe que eu nunca me questionei qual tempero eu gosto? Do que eu gosto">Quero deixar minha opinião!