Em MS há 8 anos, russa relata tensão após invasão na Ucrânia 6s6y7
Irina Yurievna Khitrykh Fernandes vive há 8 anos em Campo Grande 5574g
A invasão da Rússia na Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (24), vem chocando o mundo. E Campo Grande, que comporta vários imigrantes, também é lar para o povo russo. Para falar sobre o assunto, o Primeira Página conheceu Irina Yurievna Khitrykh Fernandes, russa, de 29 anos, que vive na capital de MS desde 2014.
“A sensação é de tensão, porque a cidade onde meus pais moram fica a duas horas da fronteira da Ucrânia. Além disso, parte dos meus familiares que moravam em Luhanks, na Ucrânia, tiveram que sair de lá, e buscar abrigo na Rússia”, relata Irina.

LEIA MAIS:
- Rússia ataca Ucrânia; professor ucraniano que já morou em MS fala sobre conflito
- Sirenes anunciando invasão acordam campo-grandense que vive na Ucrânia
- Jogador de futebol de MS atua na Ucrânica e família está desesperada
“Falei com eles. Estão bem, graças a Deus. Na minha cidade está tudo tranquilo”, completa. Irina nasceu em Staryy Oskol, a 220 km da cidade ucraniana Kharkiv, atacada pela Rússia.
Irina confessa que o confronto entre os dois países era previsto. “Entendo que isso iria acontecer, porque a OTAN está expandindo para o leste europeu desde o fim dos anos 90, e se a Ucrânia entrasse para a organização, significaria que a Rússia estaria vulnerável”, afirma.
“Acho que haverá muito ressentimento nessa relação, mas por conta da proximidade cultural e histórica dos povos”, relata.

Apesar dos conflitos entre o país de origem com o país vizinho, Irina carrega consigo a alegria de escolher o Brasil para ser o leu lar e para construir uma família.
Ela contou que conheceu o marido campo-grandense, Rafael, ainda na Rússia. E foi o amado que a trouxe para as terras brasileiras. “Ele foi fazer intercâmbio, nos conhecemos, começamos namorar, e vim embora com ele”, explica.
Há 8 anos em solo sul-mato-grossense, ela já demonstra amor pela capital de MS e já coleciona seus afetos. “Minha família brasileira, meus amigos, araras coloridas, água de coco”, pontua.

Por fim, a russa ainda tem esperanças de seu país e a Ucrânia se resolvam em algum momento. “Espero que consigamos deixar um pouco a política de lado e nos mantermos unidos como sempre foi na história de ambos os países”, acredita.
Fale com o PP 1c485x
Para falar com a redação do Primeira Página, mande uma mensagem pelo WhatsApp. Curta o nosso Facebook e nos siga no Instagram.