Em 50 segundos, vídeo relembra como Arnaldo voltou à vida após covid 173p3p
Arnaldo ficou 40 dias internado, foi intubado, ou por traqueostomia e teve 100% do pulmão comprometido por causa da covid-19, mas conseguiu se recuperar e voltar para a família 6373o
Uma semana antes de ser incluído no calendário de vacinação, Arnaldo Muniz, 35 anos, foi diagnosticado com covid-19. O que de início parecia apenas um grande mal-estar se transformou em 100% do pulmão comprometido e uma longa batalha em busca da recuperação. Esses altos e baixos foram todos documentados em um vídeo emocionante, publicado nas redes sociais pela amiga e fiel escudeira, Carol Câmara.
Veja o vídeo:
“No dia 8 de julho de 2021, eu fiz o teste e deu positivo. Faltava uma semana para pessoas com 34 anos serem incluídas no calendário de vacinação da covid-19. Naquela semana, eu fiz o teste e estava sentindo uma tosse mais prolongada, tossezinha seca, além de uma febre leve no primeiro dia”, relembra Arnaldo.
Como Arnaldo mora com a mãe, que tem 79 anos, as saídas eram restringidas apenas ao trabalho e ao mercado, com medo do que a covid poderia fazer com a saúde dela. Dona Ivanir, no fim das contas, também se contaminou após o positivo do filho, mas ficou bem. Foi Arnaldo que sentiu o baque da doença.
Leia mais n1u6n
Da quinta-feira, quando deu positivo, até domingo, o fotógrafo manteve apenas sintomas leves, mas começou a ver no cansaço o sinal de que algo estava começando a piorar. Ao levar a mãe para consultar no hospital, resolveu também ver o médico e não saiu mais. Foram 40 dias internado, lutando pela vida.
“Como eles tinham dito que se eu sentisse uma alteração era para consultar de novo, eu resolvi ar pelo médico. Era umas 7h da noite e eu já fiquei ali. Fora 3 ou 4 dias de enfermaria, que foi quando começou a cair muito a minha saturação. Mesmo com os exercícios e a ventilação, não estava conseguindo segurar essa saturação”, relembra.
No dia 14, “se eu não me engano, decidiram me levar para a UTI. Por causa da minha ansiedade, minha pressão disparava, chegou a dar 20 e poucos, por tantos. Isso foi uma coisa que favoreceu também a minha piora”.
Arnaldo relembra que foi para a UTI fazendo o exercício de ventilação. “É a última coisa que eu lembro. Eu dormi e aí parou minha vida”. Em meio aos sonhos estranhos que tinha, o fotógrafo não conseguia perceber que seu corpo travava uma enorme luta. Ele ficou cerca de 20 dias na UTI, precisou ser intubado e também ou por traqueostomia.
“6 de agosto. Só lembro mesmo desse dia, quando um fisioterapeuta chegou para falar comigo. ‘O senhor sabe que dia é hoje?’. Eu não tinha ideia, achei até que estava em outro hospital porque não era o que eu lembrava. Ele me explicou tudo e a partir daí foram 10 dias na UTI e mais seis de enfermaria depois. No total foram 40 dias internado”.
Por conta da pressão arterial, a equipe não contou tudo que aconteceu de uma vez. “Depois, em casa, eu soube que tive 100% dos pulmões comprometidos, problema na rolha [secreção no pulmão] que não deixava eu melhorar, além da covid, problema de infecção bacteriana e também tinha a questão da pressão cardíaca, que não baixava de 22”, relembra.

Recuperação 5k6o26
Mesmo um ano após o positivo, Arnaldo ainda tem lesões para recuperar. “Pela forma que eu sai do hospital, com internação e com infecção, eu perdi os movimentos dos braços. Não andava, tive que reaprender a comer de novo, minha voz por mais que eu tenha feito a traqueo está normal, não tive lesão, nem sequela. ar por tudo, não só a doença, mas, pelo processo degenerativo na lesão da região do tórax, desde a coluna até a ponta da mão, foi complicado”, ressalta.
Ao todo, Arnaldo perdeu de 50 a 60% da massa muscular. E viu no retorno para a casa, a chance de recomeçar. “Tanto que quando eu sai do hospital, eu não conseguia ficar sentado com o braço apoiado, todo o processo de fortalecimento, com trabalho de personal, tudo para ganhar massa magra, para voltar a ter, hoje eu consigo fazer bastante coisa, tenho algumas dores de articulação, com o exercício vai melhorando”, pontua.
Fotógrafo, ele precisou muito recuperar a força nos braços para retornar na profissão. “Alguns dedos não abrem 100%, principalmente o dedão da mão direita. Esses movimentos mais finos do dedo, de firmar o pulso, ainda é mais difícil, porém, por causa dessa lesão nos nervos. Mas, graças a Deus, a parte pulmonar recuperou bem, não ficou nenhuma lesão”.
O melhor dia 2n5v47
De todos os momentos que viveu, Arnaldo confessa que o mais emocionante foi ouvir do médico que estava de alta. Perceber a morte de tão perto, mas conseguir voltar, deixa marcas para além do físico.
“Eu fiquei bem pensativo depois que eu sai do hospital. Primeiramente não fosse Deus e tanta gente que orou por mim, eu trabalhava com o Munhoz e Mariano, e até as meninas do fã clube oravam e mandavam boas energias para mim. Se não fosse isso, eu não sei se tinha acontecido dessa forma”, conta.
Para ele, retornar depois de 100% do pulmão comprometido, é um sinal. “Eu fiquei pensando que, possivelmente, eu tenho uma missão importante com alguém, com algumas pessoas, por ter ficado aqui, depois de uma situação dessa tão grave, tanta gente tinha perdido a vida sem chegar a esse ponto, que não teve tanta coisa para agravar a doença em si e acabou partindo, eu devo ter alguma coisa para fazer aqui ainda”, acredita.