Dia da Visibilidade Trans: da primeira gravata à mudança de nome, Arthur contou com a mãe para ser o homem que é 3q4n52

O que Arthur tem de tímido, Sandra tem de extrovertida. Nas palavras do próprio filho, sair com a mãe é gostoso, porque sendo ela uma “esponja social”, ele mal precisa falar. Lado a lado, Sandra se emociona ao falar do filho, homem trans, que dá os primeiros os para que o nome Arthur conste oficialmente nos documentos.
Filho caçula de Sandra, a mãe foi quem o avisou do mutirão ocorrido nessa sexta-feira (28) para o auxílio na retificação de documentos. “Isso é muito forte tanto para mim quanto para ele. E ele não está sozinho, eu estou aqui”, diz a professora aposentada e poetisa, Sandra Andrade, de 63 anos.
Com 24 anos, o escritor e estudante de Biologia tinha em mãos uma pasta com documentos e o desejo de trocar de gênero também no registro. “Faz quase dois anos que eu tomo hormônio, estou com meio caminho andado para a mastectomia, mas não consegui fazer nada em cartório porque é tudo muito complicado, muita burocracia”, justifica Arthur Andrade Belini.
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Arthur começou a se enxergar como homem trans entre 2018 e 2019, quando ou a saber mais sobre o assunto. No entanto, a primeira manifestação para a mãe aconteceu no fim de 2019. Durante uma viagem ao Reino Unido, o estudante fez um pedido: queria ganhar uma gravata e uma camisa de presente.
“Ele me perguntou: ‘você vai me dar presente no Natal? Você pode me dar uma gravata? Uma camisa">Quero deixar minha opinião!