Dia da Mulher: ela pode ser feliz do jeito que quiser 1d5xk
Data simboliza a luta das mulheres 4c704l
Não existe padrão, cada mulher é feliz à sua maneira. No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, vamos contar histórias de mulheres que vivem em Cuiabá que seguiram caminhos diferentes e são realizadas com a vida que escolheram.

A poetisa Janete Manacá, de 65 anos, não seguiu a “receita cultural do marido, da família”, como diz a música “Triste, Louca Ou Má” de Francisco, el Hombre. Ela conta que priorizou sua carreira e não se arrepende.
“Moro sozinha, estou aposentada há quase 5 anos e tenho pouco tempo livre, pois comecei a escrever. Sou uma pessoa hiperativa, gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Me lembro que uma vez até cogitei ‘pegar’ uma criança. E uma amiga disse assim: ‘então esquece 10 anos da sua vida, porque primeiramente os projetos dela e depois os seus’. Talvez, tenha sido egoísta, mas optei por fazer e correr atrás das minhas coisas”.

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Janete é bacharel em serviço social, comunicação social e filósofa pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). Em 2018, aos 61 anos, já aposentada como servidora pública federal, lançou em uma única noite seus três primeiros livros de poesias: ‘Deusas aladas’, ‘A última valsa’ e ‘Quando a vida renasce do caos’.
Apesar de escolher não se casar e ter filhos, ela ressalta que é uma pessoa muito família. Inclusive, suas poesias são inspiradas nas mulheres da sua vida: parteiras, rezadeiras, raizeiras e benzedeiras.
“Tenho um amor muito grande pela terra e pelas mulheres que vivem dela e permearam a minha infância. Hoje, escrevo e falo dessas mulheres. Elas são as protagonistas, porque foram elas que me sustentaram”, ressalta.
Janete tem 11 obras publicadas: oito poesias, uma narrativa e duas infantis. Para 2022, ela prepara uma coletânea de quatro volumes de poesias que escreveu em 2021.

Mãe de seis 3t5v6w
Já a servidora pública Pamela Ribeiro Rodrigues, de 34 anos, não se via mãe de muitas crianças. Inclusive, lembra que quando era menina não gostava muito de brincar de boneca.
Mas, ao lado do marido, o servidor público, Mariovino Pereira Rodrigues, de 42 anos, ela sonhava ter um casal. O destino fez com que ela fosse mãe de seis crianças e ela diz que sua vida ficou completa.
“Falo que cada um deles é um pedaço do meu coração, tenho seis pedacinhos”.

Ela é mãe da Miriam, de 10 anos, dos quadrigêmeos Matheus, Millena, Davi e Nicolly, de 5, e do Miguel. de 3 anos.
“Algumas amigas se surpreendem até hoje. Elas falam: ‘nossa, você tem uma destreza para lidar com eles’. Mas eu também nunca me imaginei como mãe de seis crianças”, diz, aos risos.
A rotina da família é corrida, mas ela afirma que a felicidade está em pequenos momentos, quando, por exemplo, se reuniu com os filhos, na última semana, e preparou fondue de chocolate e via o encantamento nos olhos das crianças.
Pamela não quer se colocar como um modelo. Ela diz que ao lado da família encontrou a felicidade, mas cada mulher deve buscar a sua.

Dia Internacional da Mulher 6k315h
A data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1970 e simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens.
No começo, a data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.