De bike e câmera na mão, artesão de MT capta imagens inusitadas no Pantanal 3s5f6y
Mineiro de nascimento, Fernando Bessa se apaixonou pelas paisagens pantaneiras e decidiu ficar 1m1x73
Uma aventura que começou há 24 anos, quando o artista plástico e fotógrafo Fernando Bessa, de 40 anos, decidiu se mudar para Poconé, a 104 km de Cuiabá. Ele foi a trabalho, se apaixonou pelo Pantanal e resolveu ficar. Hoje, é casado, tem filhos e aventura continua e ocorre todos os dias quando ele sai de casa para pedalar.

Mineiro de Governador Valadares, ele veio para Mato Grosso ainda criança quando os pais se mudaram para Pontes e Lacerda. Lá, ele tinha uma loja de artesanato. Certo dia, recebeu uma proposta de ir para Poconé para entalhar mesas com paisagens pantaneiras. O material seria exportado para a Espanha.
Ele começou esculpir com 12 anos e sempre gostou muito da natureza. Mais velho, surgiu o amor pela fotografia. Há três anos descobriu o pedal. E assim, resolveu juntar três paixões: o Pantanal, a fotografia e a bike. Durantes as pedaladas pela manhã, ele capta as belezas que o bioma oferece.

Jacarés, flores, aves, cavalos, rios e as mais diversas cores do céu, tudo registrado. Várias imagens vão para o perfil no Instagram e rendem centenas de visualizações. Algumas despertam a curiosidade das pessoas. Há imagens em que ele aparece muito próximo aos jacarés.
Recentemente, um vídeo em que ele pedalava entre os jacarés viralizou. “Eu moro aqui há muito tempo, de certa forma, conheço um pouco do comportamento dos bichos, então eu tento fotografar, mas sem ser invasivo, respeitando o habitat deles, Jamais vou pegar num jacaré ou numa onça”, destacou Fernando.

Fernando normalmente sai para pedalar às 4h30 e, com o celular na mão, consegue por meio das fotos e dos vídeos registrar um pouco da vida no Pantanal e das comunidades pantaneiras.
“São momentos únicos! É a hora em que eu sinto o que a natureza traz para a humanidade, é meu momento de contemplação, de reflexão e sobretudo de gratidão pela vida”, comentou.
Transferência de conhecimento 2d511b

O artesão trabalha com diversos tipos de materiais, dentre eles madeira, cimento, gesso, entre outros. Há 15 anos é professor de artes no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), em Poconé. Ele dá um curso de pintura em tela para os usuários do centro.
“Tento, por meio da arte, despertar o potencial criativo e artísticos dos pacientes e assim, ajudar a fazer com que essas pessoas saiam da depressão ou de um quadro de debilitação e reencontrem o sentido da vida. Tento mostrar o quanto eles são capazes e podem acreditar em si mesmos”, declarou.

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