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Comunicação em situação de crise 4b522

A forma como uma instituição ou empresa lida com um fato negativo pode determinar a dimensão dos efeitos da crise 2y4m3q

Nenhuma empresa ou instituição está livre de enfrentar uma crise que, dependendo da forma como for tratada, pode causar danos à imagem e à reputação. E situações assim nunca avisam que vão acontecer. Fatos negativos não representam por si só uma crise, mas a forma como são tratados pode se transformar ou agravar seus efeitos. Por isso, é essencial que gestores trabalhem de forma preventiva para que saibam como agir.

As crises, quando bem istradas, podem até ajudar a fortalecer os valores da instituição. Ao contrário, se não tiverem o tratamento adequado, podem tornar o problema ainda maior. E os protocolos de comunicação devem fazer parte das estratégias de prevenção e gestão de crises para reduzir eventuais impactos negativos sobre a imagem e a reputação.

Quando falamos em crise, podemos incluir desde um consumidor que vai para as redes sociais e viraliza com reclamações contra determinada empresa ou produto, até um acidente que cause prejuízos materiais, ambientais e, o mais grave, riscos à vida e morte.

Até mesmo um fato positivo pode gerar crise. Imagine a situação: uma loja prepara uma grande liquidação de queima de estoque, com grandes descontos, e isso atrai uma multidão. As pessoas fazem filas na porta do estabelecimento, antes mesmo da abertura das portas, se amontoam e isso gera confusão, briga e clientes acabam machucados. O que era para ser um fato positivo para a empresa se transforma num problema.

Um outro exemplo de fato que pode causar uma repercussão negativa: um funcionário de determinada instituição se envolve em um crime, é preso usando o uniforme com a marca do estabelecimento. Mesmo que o fato tenha ocorrido fora do local de trabalho e fora do expediente, o fato vai respingar na empresa/instituição.

Em ambas as situações, é essencial ter uma comunicação para dar esclarecimentos ao público. No primeiro caso, para explicar quais providências foram tomadas para atender as pessoas feridas e para dizer o que será feito para evitar que a situação se repita. No segundo caso, também é necessário se pronunciar, mesmo que seja por meio de uma nota para lamentar e dizer que acompanha as investigações.

Um dos principais nomes da comunicação corporativa no Brasil, João José Forni, escreveu um livro com orientações valiosas sobre o que gestores e profissionais de comunicação precisam saber para enfrentar crises corporativas. “O mantra da comunicação de crise é: conte tudo e depressa. É melhor a informação negativa partir diretamente da organização na forma de um pedido de desculpas honesto, em vez de vir de seus críticos, como uma acusação (…)”

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Livro Gestão de Crises e Comunicação, de João José Forni (Foto: Divulgação)

Forni destaca ainda que “em qualquer tipo de crise, as pessoas vêm em primeiro lugar” e ressalta que o ‘nada a declarar’ é a pior coisa que a opinião pública pode ouvir na hora de um acontecimento negativo. A negação do problema pode aumentar a crise e não saber se comunicar num momento de adversidade, também.

Num cenário de crise, algumas ações devem ser adotadas em relação à comunicação para que haja a percepção de comprometimento por parte da instituição ou empresa:

  • se antecipar com as informações e não somente esperar ser demandado;
  • escolher o(s) porta-voz(es), quem vai falar em nome da instituição;
  • ao se comunicar, usar linguagem simples, de fácil compreensão para o público em geral;
  • ser transparente, honesto e não minimizar o estrago;
  • dar importância ao que é mais importante: vida antes de tudo, citar medidas para contenção de danos e de socorro a eventuais pessoas afetadas;
  • unificar canais de comunicação para que a imprensa e o público em geral saibam onde buscar as informações, medida que reduz também o risco de surgimento de boatos e notícias falsas.

Muitas empresas descobrem a necessidade de uma assessoria de imprensa quando surgem situações assim, já que o momento exige um atendimento rápido e preciso às demandas de jornalistas. E o assessor de imprensa é o profissional que precisa ter essa habilidade de servir como ponte.

Transparência, honestidade e agilidade, que são necessárias em qualquer circunstância, tornam-se urgentes num cenário de adversidade. A comunicação pode não resolver a crise, mas ajuda na preservação da imagem e da reputação.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Comunicação de primeira, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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