Como superar o luto? Amor e carinho são fundamentais 1f612y

Com ajuda de amigos e familiares, ela aprendeu que ainda tinha vida e poderia ser muito feliz 6b5u20

Quando testemunhamos uma tragédia, especialmente em que há mortes de pessoas, nos sentimos comovidos. A pandemia da covid-19, com mortes em massa, colocou todos muito mais próximos do luto. Entretanto, é muito difícil alcançar a dor de quem perde um familiar muito próximo, como um marido, um filho, irmão, pai, mãe, um amigo.

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Luto é diferente para cada pessoa, diz psicóloga. (Foto: reprodução)

É muito difícil a quebra desse laço fraternal ou amoroso. E, às vezes, a pessoa não necessariamente morre. Nem sempre consideramos, mas também vivemos o luto quando alguém que amamos muda de cidade, quando o nosso pet morre ou precisamos deixá-lo por força das circunstâncias, quando precisamos nos abdicar do emprego que gostamos por outros sonhos ou qualquer outro motivo.

É luto quando nosso carro ou bens que conseguimos com esforço é tirado de nós, seja for furto, roubo. Porque não é só a matéria, é o sentimento de perda e ninguém gosta de perder.

Bem, mas como diz o trecho da música ‘A Via-láctea’ da Banda Legião Urbana – “quando tudo está perdido, sempre existe um caminho, sempre existe uma luz”- ou ‘Mais uma vez’ do saudoso Renato Russo – “mas é claro que o sol vai voltar amanhã”.

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Rose e os filhos: Opércio [filho], Mychella, Melissa e Myllena. (Foto: Arquivo pessoal)

E foi assim que professora aposentada Rose Mary Molina Trindade Guizardi que, prestes a completar 70 anos, nos dá uma lição de vida. Claro que outras mulheres também nos dão lições de vida e superação, mas a Rose aprendeu, muito jovem, ao ver a mãe sofrer pela morte do pai, que o luto, um dia, também chegaria para ela e que precisava se preparar para isso.

Ela se casou aos 18 anos com Opércio [reparem que nome imponente], que tinha 19 anos. Com 24, ela era mãe de quatro filhos, sendo duas meninas e os caçulinhas, um casal de gêmeos. Natural do interior de São Paulo, ela veio se mudando com a família, ando por Dourados (MS), até chegar a Rondonópolis, onde mora até hoje.

Com 39 anos, Opércio, em razão de uma leucemia, precisou fazer um transplante de medula óssea. Após 10 anos, foi diagnosticado com hepatite C e assim, faleceu em decorrência das sequelas dessas doença.

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Revolucionária, Rose casou de vestido curto. (Foto: Arquivo pessoal)

Depois da morte do marido, Rose não teve muito tempo para se recompor porque a mãe dela também foi diagnosticada com câncer no intestino. Ela precisou abdicar de algumas atividades para se dedicar aos cuidados com a mãe.

“Um dia, nos últimos 10 meses de vida da minha mãe, ela me questionou sobre o fato de eu não ficar chorando a morte do meu marido, porque ela havia sofrido muito com a morte do meu pai. E eu respondi a ela que tinha entendido que não adiantava chorar, não que eu não estivesse sofrendo, mas o choro não o traria de volta. Além disso, eu sabia que ele precisava descansar de todo aquele sofrimento que viveu com as doenças”, contou.

Com 50 anos e cheia de vida, Rose havia perdido o marido e a mãe. Encontrou nos filhos e nos netos a força para seguir adiante. Além disso, recebeu o apoio dos irmãos e das cunhadas, que se tornaram mais unidos.

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Rose, o marido Opércio e os filhos: Myllena, Melissa e Opércio [filho]. (foto: Arquivo pessoal)

“Tenho uma amiga que foi espetacular nesse período. Me ensinou que música, eios, é o que melhoram nossa alma”, lembrou ela. E com eios, viagens e o apoio de todos, ela descobriu uma nova vida.

“Viajamos para Caldas Novas, Europa e Estados Unidos. Aprendi muito com essa minha amiga. Depois, fiz uma viagem para Europa com as filhas, que foi divina. Luto temos todos os dias, mas aprendemos a lidar com ele”.

As viagens de Rose também são feitas com os irmãos. “Meus irmãos são fantásticos. No final do ano ado, no Natal e Revéillon, fomos, os quatro irmãos e eu, para as praias do interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Campos do Jordão”.

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Rose e os irmãos, companheiros de viagem. (Foto: Arquivo pessoal)

Mas, Rose tem uma receita para superar o luto e enfrentar a ausência de quem amamos. “Eu sempre fui muito cercada de amor e carinho, me sinto muito abençoada e grata por tudo. Acho que isso tudo me ajudou a seguir adiante”.

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De acordo com a psicóloga Fabiana Barbosa, amor, carinho, acolhimento e respeito ao tempo de cada um são requisitos fundamentais para superarmos as perdas. Cada pessoa sente enxerga de um jeito, então é importante respeitar o processo de cada um sendo comivo e tendo empatia.

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