Cadeira de praia é costume de campo-grandense para contemplar céuzão 423z5a
Mar vira mero detalhe quando se tem um pôr do sol que nos trouxe o apelido Mato Grosso do Céu 391w2o
Calorzão, fim de semana, crianças correndo, pessoas sentadas em suas cadeiras de praia, despreocupadas. A cena poderia ser em qualquer cidade litorânea do Brasil afora, mas acontece em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.

Sim, sim, você não leu errado! Estamos no coração do Centro-Oeste, distante 900 quilômetros da praia mais próxima, mas, talvez pelo colorido inigualável do horizonte, que não à toa nos trouxe apelido de Mato Grosso do Céu, a ausência do mar se torne mero detalhe.
Talvez pela facilidade do transporte, preço atrativo se levar em conta a durabilidade ou simplesmente porque queremos, a cidade morena aderiu completamente às cadeiras de praia.
Seja nas rodas de tereré nos bairros, em frente às casas ou nos eventos culturais no Centro e até mesmo em situações não tão agradáveis como filas, lá estão elas. A empresária Dione Toledo, 63 anos, é uma das adeptas.
Embora seja natural de Rio Brilhante, 143 quilômetros de Campo Grande, está na Capital desde a adolescência e conta que leva as cadeiras para onde vai. “É muito prático e cabe no carro”, define.
Quando a família se reúne em sua casa, como no último domingo (20), em plena inauguração da churrasqueira nova, o ambiente mais parece estar à beira mar.
“As cadeiras também nos remetem a descanso, momentos de paz”, completa.

Com a volta dos shows gratuitos este ano, o mar de cadeiras de praia tomou conta dos gramados das praças e Parque das Nações Indígenas. Tanto que, conforme as orientações do Governo de Mato Grosso do Sul sobre o que pode ou não levar nos dias do MS ao Vivo, lá está ela.

Fora lenços, toalhas ou qualquer tecido que possa ser colocado no chão, a única cadeira permitida é a de praia. Na praça do Rádio, localizada na avenida Afonso Pena, o cenário é o mesmo quando rola algum evento.
Inclusive os coolers para manter as bebidas geladas e o nosso amado tereré completam o cenário de lazer. Bares da cidade também as usam para não só adornar o ambiente, mas para receber a clientela.
Assim como as barracas de água de coco e açaí nos altos da avenida Afonso Pena, que aliás é ponto marcado para todo campo-grandense raiz frequente aos fins de semana.

Embora não possa divulgar números, o Fort Atacadista revelou ao Primeira Página que a venda de cadeiras de praia é de 8 a 10 vezes maior se comparada à das lojas de Cuiabá, capital do Mato Grosso.
Lista de presente 5m2655
O gerente de vendas João Pedro Grison, 22 anos, foi além e incluiu o item na lista de presentes de seu casamento. A estratégia deu certo. “Ganhei! Nós gostamos bastante das cadeiras pois são muito confortáveis e fácil de transportar no dia a dia”, conta.
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E o uso não é exclusivo do casal. “Inclusive não só minha mulher e eu amamos, como nossos cachorros que não podem ver uma vaga que deitam nela”.
Além de usarem em casa, as praianas servem para levar conforto aos eios.
“Usamos bastante elas na nossa varanda pra toma um teres (tereré) e ficar com os cachorros e quando saímos sempre levamos uma porque gostamos de sentar pra descansar nos rolês”.
Todas as horas 286x5b
Quem enfrentou as longas filas formadas nas portas dos locais de teste para covid-19 no ápice da pandemia se lembra bem das horas de espera. Até neste momento o campo-grandense usou seu arsenal para se acomodar e tornar o momento menos cansativo.
Assim como em outros casos como quando há distribuição de senhas para castração de cães e gatos antes feita no CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), agora na Subea (Subsecretaria do Bem-Estar Animal). Os tutores e protetores também as usam para esperar o dia raiar e iniciar o atendimento.