Aos seis anos, Farofa é corredor aventureiro ao lado da tutora Zilá 472z42
Quem vê Farofa decidido percorrendo trilhas em Campo Grande pode ficar impressionado, mas a verdade é que esse carioca de seis anos cresceu aproveitando a vida à beira-mar. Agora, em terras sul-mato-grossenses, ele trocou a maresia pela patinha na lama em corridas ao lado da tutora, a médica intensivista Zilá Machado Koim, 31 anos.

“Ele corre direitinho”, se derrete a tutora. Com uma guia especial e treinado para responder a códigos e avisar quando precisa tomar água, por exemplo, os dois estão acostumados a realizar provas e praticar exercícios físicos. No último fim de semana, eles participaram da prova Pantanal Race e percorreram 6km de trilha na Capital. “Ele tem até um olhar, que eu já conheço, quando está cansado. Estamos em plena sintonia”, frisa.
A história de cumplicidade de Zilá e Farofa começou há seis anos “Eu o adotei lá no Rio de Janeiro, ele foi encontrado no Morro do Tabajara e deveria ter uns 3 meses. Peguei ele e os irmãozinhos, cada amigo foi ficando com um e eu fiquei com ele. Desde pequenininho eu já o soltava na praia”, conta a médica.

Na época, o local escolhido era a Praia do Diabo, que por ser meio fechada, conseguia ter a segurança necessária para Farofa relaxar, mas sem o perigo de se perder. Foi nesse período que Zilá o treinou com alguns comandos para que pudesse ser o seu companheirinho de aventuras.
“Sempre fomos correr na orla e na praia juntos, fizemos uma viagem para Argentina, só eu e ele, mas correr mesmo, com equipamento de corrida, foi aqui em Campo Grande. Eu entrei para uma equipe da MTR, mas eu só queria treinar se fosse com ele, eram os momentos que eu tinha, porque eu trabalho muito e os momentos que eu tenho de lazer são esses para a atividade física”, pontua.
Mudança 5j3l29
Zilá e Farofa desembarcaram em Campo Grande em plena pandemia, no meio do ano de 2020. “Eu queria sair do Rio, queria ficar um ano viajando de carro com ele pela América do Sul, mas começou a pandemia, ficamos presos na Argentina e não teve jeito, tivemos que voltar. Cheguei em julho, fiquei um mês isolada, deixei meu currículo em alguns locais e acabei atuando na linha de frente da pandemia”, relembra.

Apesar de Zilá morar fora há 10 anos, entre os estados do Rio de Janeiro e Paraná, a família dela é de Mato Grosso do Sul. Para facilitar os dias de Farofa, ele a a semana na casa da mãe da médica, justamente para não ficar sozinho durante os longos plantões da tutora em hospitais. Aos fins de semana, ele troca o descanso da casa pela aventura em trilhas e eios em Aquidauana, onde mora o namorado da tutora.
Para ela, o período pandêmico foi difícil, mas a companhia de Farofa deu outro brilho a caminhada. “Ele sempre foi muito parceiro e em breve estaremos de novo juntos todos os dias”. Enquanto isso, Farofa aproveita a vida do jeito que mais gosta. “Eu conheci meu namorado, que mora em Camisão, e aos finais de semana eu vou para lá. Brinco que Farofa trocou o mar do Rio de Janeiro para viver no rio Aquidauana”, ri.

Comentários (1) 3kf3p
Que fofo