Aos 75 anos, mãe eterniza na pele saudade do filho que partiu de câncer 6tb67

Tatuagem é uma das formas que Deliene encontrou para lidar com o luto 3t37g

Há cinco meses, a pedagoga Deliene Pekim de Lima Joaquim lida com a ausência do filho, que se foi cedo demais. Cláudio Márcio de Lima Joaquim, o Mena, partiu aos 54 anos, em agosto do ano ado, depois de oito anos lutando contra um câncer. Desde então, cada dia é uma oportunidade para Deliene ressignificar a saudade.

Deliene enquanto fazia a tatuagem. (Vídeo: Arquivo Pessoal)

Nesta semana, durante os dias em que ou em Campo Grande, a pedagoga se encheu de coragem e fez a primeira tatuagem aos 75 anos em homenagem ao filho. O apelido carinhoso tatuado no braço esquerdo, bem pertinho do coração, ilustra o amor e a lembrança que seguem vivos no coração de mãe.

“Eu tenho ele na mente, eu tenho ele no coração, eu tenho ele na alma, eu tenho ele no espírito. Agora, eu tenho ele na carne”, diz Deliene aos prantos.

A voz ainda embarga, e o choro vem fácil toda vez que a senhora simpática lembra do filho.

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Tatuagem que Deliene fez em homenagem ao filho. (Foto: Arquivo Pessoal)

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Amor eternizado no coração e na pele 6a665

Deliene conta que “nunca foi contra tatuagens”, ao contrário de muitas mães. A pedagoga só não imaginava que faria uma em meio ao luto. A mãezona mora em Florianópolis e, com uma viagem para Campo Grande marcada, quis se dar o presente.

Com a ajuda do outro filho, Francisco, que mora na capital de Mato Grosso do Sul, Deliene conheceu um artista de confiança, o tatuador Diego Castro. Já a tatuagem escolhida não poderia ser mais simbólica.

A palavra Mena eternizada na pele de Deliene reflete a cumplicidade que mãe e filho construíram ao longo dos anos. Mena é a abreviação de Basilidio Macario Mena, pseudônimo adotado por Cláudio no livro escrito por ele, chamado Sob A Luz Do Santo Amor.

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Deliene fazendo a tatuagem em estúdio de Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal)

“São os nomes de três personagens históricos do início da Igreja. Um dia ele olhou para mim e falou assim: ‘Puxa, eu gostaria tanto que alguém me chamasse de Mena’”, lembra Deliene.

Mas as homenagens à família não param por aí. No mesmo dia em que decidiu fazer a tatuagem para Mena, a pedagoga também quis surpreender o marido, Luiz Carlos de Lima Joaquim, com outro desenho cheio de amor. Os dois são parceiros de vida há 5 décadas.

“Eu tenho 50 anos de casada e também queria fazer uma homenagem ao meu marido, escondidinho, sabe? Eu já tinha isso em mente, mas nunca tive a ousadia, a coragem de fazer. Aí eu aproveitei a homenagem ao meu filho Mena e coloquei um infinito no braço. Dentro do infinito, está escrito ‘Luiz, amor eterno’”, conta.

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Da esquerda par direita, Luiz, Mena e Deliene. (Foto: Arquivo Pessoal)

Senhor Luiz, outro querido, só descobriu a peripécia da esposa ao recepcioná-la no aeroporto de Florianópolis.

“Acabei de ver agora. Essa menina de 75 anos não cansa de me surpreender”, diz o maridão ao fundo da ligação, enquanto a esposa conversa com a reportagem.

Diante da pior dor que uma mãe pode sofrer, Deliene processa o luto como pode, seja por meio das tatuagens, das orações ou das muitas conversas que ela ainda tem, intimamente, com o filho que partiu.

Após a partida de Mena, o amor que Deliene sente pelo filho se transformou em cura.

“Algumas vezes, quando eu vou no cemitério visitá-lo eu chego lá com muita dor, porque eu tenho fibromialgia, mas eu saio de lá sem dor nenhuma porque eu choro, eu rezo, eu partilho as coisas com ele. Eu sei que ele não está ali, eu sou consciente disso. Mas só de saber que estou do lado dele, no local que foi a última morada dele, eu já me sinto restabelecida em tudo”, se emociona.

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Da esquerda para direita, Francisco, Deliene e Mena. (Foto: Arquivo Pessoal)

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