Absoluta: rádio é líder de audiência entre motoristas 1y6j5r

Nem o avanço da era digital afetou a magia do rádio. É isso que o último relatório feito pela Edison Research, nos Estados Unidos, mostrou ao mundo no fim de ano ado. O “Share of Ear 2023” comprovou ainda que 62% do conteúdo falado consumido em carros vêm das frequências FM/AM, muito acima dos podcasts, plataformas de streaming musical, audiolivros e outros formatos.

No Brasil, a situação se repete. A prova está na consulta a quem faz do carro, seu trabalho: os motoristas de aplicativo.

Em Campo Grande, a rádio Morena FM tem na categoria um público fiel; mais que isso, uma companhia diária. E são eles que respondem o motivo da preferência: informação rápida, leveza e interação. Ouça os depoimentos:

Haroldo Martins da Silva é um dos motoristas que dividem o dia com a Morena FM, como ele mesmo diz, a primeira e última ageira do dia.

“A Morena FM é a primeira ageira minha do dia. Eu ligo o carro, ela já tá junto comigo já. E aí primeiro pelas músicas, né? Eu sou nasci nos anos 80, tem tudo a ver assim comigo, eu gosto demais das músicas. E segundo são as notícias, né? Que a gente fica informado sobre o trânsito, sobre a capital, sobre o país, sobre o mundo”.

Haroldo Martins da Silva

Assim como ele, Edcarlos Ribeiro leva a rádio junto com cada ageiro que entra no seu carro.

“Só me informou pela rádio mesmo, os jornalistas não confiáveis, eles estão o dia todo comigo. A rádio faz parte do meu dia a dia e dos ageiros que eu também transporto pela cidade durante o dia e é com muito prazer que eu digo que é a número um do meu carro, uma programação leve que nos traz alegria, que nos traz paz”.

Edcarlos Ribeiro

Sandra Nora fica de ouvido ligado na Morena FM a cada corrida que aceita por Campo Grande; o motivo é o mesmo compartilhado pelos colegas de profissão: em um só lugar encontra diversão, informação e companhia.

“Quando a gente está dirigindo, é bom a gente saber o que está acontecendo, né? Vamos supor, quando está chovendo, a rádio informa os pontos de alagamento para a gente desviar o trânsito, também informa o congestionamento. Então, essa informação em tempo real para nós, ela é, sim, muito importante. Quando não tá tocando música, é informação”.

Sandra Nora

A pesquisa da Edison Research se transformou em artigo do consultor Fernando Morgado nesta segunda-feira (17). O conteúdo está disponível no site da Midiacom, entidade que reúne as empresas de radiodifusão em Mato Grosso do Sul. Clique aqui para ler.

Para ele, a chave para o sucesso duradoura da rádio está no poder dela em criar uma conexão comunitária, “uma voz familiar que acompanha os ouvintes, fortalecendo laços com sua audiência de maneira que formatos puramente digitais raramente conseguem replicar”.

Rita Batistoti é uma das motoristas que compartilha o sentimento de pertencimento a rádio.

“É muito bom ouvir a Morena enquanto eu rodo por Campo Grande. Além das informações sobre o trânsito, que são importantíssimas, eu posso oferecer para os meus ageiros um carinho para os ouvidos com boa música”.

Rita Batistoti

Além disso, reforçou que a rádio conseguiu evoluir e se adaptar, já que as emissoras incorporam tecnologias digitais e hoje oferecem streaming online e aplicativos que complementam a experiência de escuta tradicional.

O “Share of Ear 2023” ainda mostrou que apesar da rádio ser a primeira escolha dos motoristas, outros formatos cresceram no gosto do público: podcasts aparecem com 19% e audiolivros com 13%.