20h30: horário oficial da culpa materna 5h72
São nessas conversas descompromissadas, sonolentas, que eles soltam as pistas de que amos do ponto ao longo do dia. 184i4h
Por aqui tem sido assim… Este é mais ou menos o horário em que finalmente as crianças dormem. ado o estresse do dia, principalmente dessa larga faixa de tempo entre janta e banho que antecede o sono, ela vem me visitar.

Fica à espreita, todo santo dia (ou santa noite, sei lá). Vai costurando os retalhos de cada minuto de ira, cada bronca, cada tom mais elevado de voz e, por fim, forma um cobertor imenso de culpa.
Daqueles pesados, que nos sufocam.
Sim, gente. Eu erro e erro muito. Perco a paciência. Me canso. Grito mais do que deveria. Não vou mentir para manter a imagem de boa mãe.
E, assim, com toda essa sinceridade, na mesma medida, ito sem rodeios que me vem a culpa. Ainda mais agora que antes do sono, vêm os diálogos férteis que brotam na cabeça deles.
São nessas conversas descompromissadas, sonolentas, que eles soltam as pistas de que amos do ponto ao longo do dia.
E a inocência do abraço sem mágoas, das declarações do amor eterno de criança pequena, é a linha que une ainda mais os pedaços de retalhos dessa realidade nua e crua do ser mãe no caos do hoje.
Apesar de saber que são ossos do ofício de acumular inúmeras jornadas: maternidade, CLT, dona de casa, mulher e por aí vai, a culpa aparece e sem falha bate ponto, cumprindo seu trabalho na mente materna.
Bonde das mães culpadas, aqui estou eu…