Extinção em massa na Terra pode se tornar realidade, alerta cientista 136q6z
Um cenário apocalíptico se desenha caso a humanidade falhe em reverter os efeitos da crise climática: uma extinção em massa, comparável ao evento do Período Permiano, quando 90% das espécies desapareceram devido a condições extremas. 1t3861
Um cenário apocalíptico se desenha caso a humanidade falhe em reverter os efeitos da crise climática: uma extinção em massa, comparável ao evento do Período Permiano, quando 90% das espécies desapareceram devido a condições extremas.

O alerta foi emitido pelo pesquisador Hugh Montgomery, do Centro de Saúde e Desempenho Humano da University College London, durante o Forecasting Healthy Futures Global Summit, no Rio de Janeiro.
Montgomery, um dos autores do relatório de 2024 sobre saúde e mudanças climáticas da revista científica The Lancet, destacou que a extinção já está em curso, impulsionada pela ação humana.
“Estamos testemunhando a maior e mais rápida extinção que o planeta já experimentou, e somos os responsáveis por ela”, afirmou.
O aumento da temperatura média global em 3°C, em comparação com os níveis pré-industriais, representa um ponto de inflexão crítico para o planeta, podendo desencadear um desastre ambiental de proporções catastróficas.
Em 2024, já foi registrado um aumento recorde de 1,5°C, e as projeções indicam que, mantendo-se as atuais emissões de gases de efeito estufa, esse aumento pode chegar a 2,7°C até 2100.
“Se continuarmos a desestabilizar a base do nosso sistema de e, a própria sobrevivência da espécie humana estará em risco”, alertou o especialista. Ele também mencionou o aumento das emissões de CO₂, que atingiram 54,6 bilhões de toneladas em 2023, um crescimento de quase 1% em relação ao ano anterior.
Montgomery alertou para outras consequências graves, como o colapso das camadas de gelo do Ártico e a desaceleração da Circulação Meridional do Atlântico, que podem ocorrer com um aumento de temperatura entre 1,7°C e 2,3°C.
Esses eventos podem levar a um aumento do nível do mar em vários metros, com impactos devastadores.

O pesquisador também destacou a importância de reduzir as emissões de metano, um gás com potencial de aquecimento 83 vezes maior que o CO₂, e defendeu ações imediatas de despoluição para evitar perdas econômicas de até 20% ao ano a partir de 2049.
Embora reconheça a necessidade de medidas de adaptação às mudanças climáticas, Montgomery enfatizou que a prioridade deve ser a redução drástica e imediata das emissões. “Não faz sentido tratar apenas os sintomas quando precisamos buscar a cura”, concluiu.