Cientistas descobrem espécie de fungo que descontamina solo com mercúrio 1d6q45
Conforme os pesquisadores, ele vive em associação com a planta pantaneira conhecida como Corticeira 4f3t5x
Pesquisadores da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) descobriram uma nova espécie de fungo endofítico, em Poconé, a 104 km de Cuiabá, no Pantanal mato-grossense, capaz de ajudar a descontaminar solos com mercúrio. A descoberta foi confirmada após os cientistas realizarem o sequenciamento do microrganismo.

O fungo foi nomeado como Pseudomonodictys pantanalensis, em homenagem ao Pantanal. Conforme os pesquisadores, ele vive em associação com a planta pantaneira conhecida como Corticeira, ou pelo nome científico Aeschynomene fluminensis.
O coordenador da pesquisa, professor doutor Marcos Antônio Soares, diz que a proposta do trabalho sempre foi encontrar uma solução para remediar a contaminação do solo pelo mercúrio na região de Poconé, por ser um município na região pantaneira que teve um longo período de exploração de ouro, desde a sua descoberta em 1977.
O mercúrio é um metal pesado tóxico e pode atacar o sistema nervoso central e periférico, assim como o trato digestivo, sistema imunológico, pulmões e rins.
Marcos argumenta que o bioma apresenta uma grande biodiversidade ainda desconhecida, que são verdadeiras ferramentas para uso na descontaminação do solo e outras funções, além de ser um repositório para novas espécies.
Os fungos são organismos vivos muito pequenos e que podem ser vistos com ajuda de uma lupa ou microscópio. Eles vivem no solo, na água ou estão associados a plantas e animais, inclusive ao homem.
Muitas espécies têm importância industrial, na alimentação, produção agrícola, produção de medicamentos, e algumas podem ser utilizadas para descontaminar ambientes. Os fundos são importante para o planeta Terra porque são excelentes na ciclagem e decomposição de nutrientes. Poucas são as espécies que podem causar doenças em plantas, animais e em pessoas.
A pesquisa 4b4x4n
O fungo isolado foi descrito pela doutoranda Jaqueline Alves Senabio, do Programa de Doutoramento em Biotecnologia e Biodiversidade do Centro-Oeste, da UFMT, e desenvolvido no Laboratório de Biotecnologia e Ecologia Microbiana da UFMT, sob a orientação do prof. Dr. Marcos Antônio Soares.
A pesquisa foi financiada com o apoio da Fapemat (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso). O projeto começou em 2014 no Pronem (Programa de Núcleos de Pesquisa e Emergentes), uma parceria com o CNPq (Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Fapemat.