Polícia abre 2 inquéritos para investigar fraudes em consignados em MT 153y63
Segundo a Delegacia do Consumidor, foram identificadas diversas irregularidades e muitas empresas se apropriavam de dados pessoais dos servidores públicos para abrir contas bancárias sem autorização. 1l4mh
A Polícia Civil instaurou dois inquéritos para investigar as denúncias de fraudes nos empréstimos consignados oferecidos por empresas a servidores públicos do estado de Mato Grosso.
Segundo o delegado da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decor), Rogério Ferreira, foram identificadas diversas irregularidades nos créditos oferecidos, e muitas empresas se apropriavam de dados pessoais dos servidores para abrir contas bancárias sem autorização, além de fazer outras movimentações.

Conforme explicou o delegado Rogério Ferreira em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (28), na sede da delegacia, existiam duas situações que as empresas ligavam para os servidores e ofereciam os empréstimos.
1ª abordagem: falsa oferta de consignado 5d1k5q
Segundo o delgado Rogério Ferreira, no primeiro caso, o servidor que já não tem mais margem para empréstimo consignado, recebe o contato de algumas empresas que oferece um novo empréstimo. Entretanto, os servidores foram induzidos a contratar, sem saber, cartões de crédito consignado no lugar de empréstimos consignados tradicionais.
“Essas empresas, a partir de então, fazem um saque no cartão de crédito e transferem para a conta do servidor por PIX. No contrato que esses servidores assinam tem uma cláusula dizendo que ele autoriza o pagamento de um valor mínimo, mensal. Esse pagamento que o servidor acredita ser a parcela do seu empréstimo consignado é, na verdade, o pagamento mínimo do cartão de crédito. E ele, sem saber, acaba pagando mensalmente durante anos esse cartão, enquanto os juros do cartão de crédito vão se acumulando”, explicou.
2º abordagem: oferta de portabilidade e renegociação 204yx
Na segunda situação, a Polícia Civil identificou que as empresas também entravam em contato com os servidores oferecendo uma falsa renegociação de alguma empréstimo anterior.
De acordo com o delegado, nessa possibilidade de renegociação da dívida ou abertura de portabilidade para novos empréstimos, muitos servidores acabaram ando para as empresas os dados pessoais, senhas de s de bancos
“Essas empresas de posse desses dados abria conta bancária em nome do servidor em uma instituição da qual ele não recebe o salário como se fosse o servidor. Ou seja, ela [empresa] não faz a portabilidade, não faz renegociação. O que faz são novos empréstimos, muitas vezes em 96 vezes, 120 vezes. Já identificamos até empréstimo em 132 vezes, ou seja, mais de 10 anos o servidor pagando aquele novo empréstimo que ele não concordou contratar”, explicou.
Em posse dos dados, as empresas também fazem diversas negociações 1f17b
Ainda em posse dos dados pessoais dos servidores, as empresas faziam diversas negocias como se fossem os servidores.
“Identificamos uma situação que a empresa comprou um aparelho celular, habilitou um chip no F do servidor para a partir desse aparelho baixar o aplicativo do banco e realizar uma série de negociações. E ao final dessas transações ainda tiveram a capacidade de presentear o servidor com o aparelho”, disse Rogério Ferreira.
“Esses servidores públicos numa situação de vulnerabilidade, de necessidade financeira acabam sendo induzidos e cedendo os seus dados. Acabam cedendo sem perceber o seu e senha de o a portais do governo e isso facilita a ação dos suspeitos”, completou.