"Pejotização" pode ter influenciado na queda de pedido de seguro-desemprego 596727

No início da semana, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgou que o número de pedidos de seguro-desemprego diminuiu em 2021.

Os dados divulgados mostram que o número de pedidos de seguro-desemprego feitos no ano ado foi de 6.087.576. O resultado é 10,3% menor do que em 2020 (6.784.120).

Com base nos dados divulgados, a Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso) avalia que a “pejotização” do emprego pode ajudar a entender melhor este cenário.

Pejotização é o termo usados para identificar as pessoas que aram a trabalhar em regime de PJ (pessoa jurídica).

Sem direito ao seguro-desemprego 3v5o22

“Uma parte cada vez maior da força de trabalho está sendo contratada via empresa, especialmente via MEI (Microempreendedor Individual), e não pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)”, explicou o diretor de Pesquisas da Fecomércio, Maurício Munhoz.

Segundo ele, essa “pejotização” é bastante controversa, já que pode ser vista como bom para uns e ruim para outros. “Imagine uma pessoa que trabalha em uma empresa sem ser com carteira assinada; como MEI, não seriam descontados tantos impostos, mas por outro lado, o prestador de serviços não goza de férias, 13º salário e nem possui garantias, como o seguro-desemprego”.

Para o Ministério do Trabalho e Previdência, a queda pode ser creditada, em grande parte, ao Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). Até o momento, já foram preservados mais de 11,1 bilhões de vínculos de trabalho, garantindo o emprego de mais de 10,5 bilhões de trabalhadores.

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