Mãe que fez parto em casa consegue aprovação na Justiça para registrar criança em MT 21540
O parto aconteceu em abril deste ano. Desde então, a família aguardava por um exame de DNA para que o registro da criança fosse permitido em cartório. 266i1z
Após matéria publicada pelo Primeira Página em maio deste ano, Amanda Coelho de Jesus, que foi impedida de registrar a filha no cartório depois de dar à luz em casa, conversou com a reportagem, nesta segunda-feira (10), e falou sobre o alívio em poder conseguir o documento da criança, que já tem seis meses de vida. Na época em que a situação aconteceu, ela não sabia que estava grávida.

Nascimento inesperado 6t3d2h
A jovem de 23 anos levou um susto no dia 11 de abril, quando começou sentir fortes dores e acabou fazendo o parto do bebê, isso tudo sozinha, em casa, no bairro Silvanópolis, em Cuiabá.
Na época do nascimento, a mãe da jovem e avó da criança, Naira Rosania Soares Coelho, de 39 anos, contou ao Primeira Página que quando chegou em casa, a filha disse que a bebê estava no quarto e que ela mesma cortou o cordão umbilical.
De acordo com a mãe, Amanda tinha menstruação desregulada por causa de um cisto no ovário. Além disso, o sobrepeso dela também dificultou a percepção da gravidez.
No hospital 2m383i
Naira e Amanda foram a um hospital de Cuiabá após quatro dias do nascimento, pois a família não possuía condições financeiras para conseguir nenhum enxoval nos primeiros dias de vida da bebê.
Na unidade de saúde, um dos médicos fez vários procedimentos necessários para comprovar a maternidade. A avó conta que o resultado dos exames foi positivo, comprovando que a criança havia nascido de Amanda.
Porém, mesmo com a comprovação, mãe e filha precisaram ir ao Conselho Tutelar para conseguir um documento permitindo o registro e a certidão de nascimento da criança no cartório.

Naira explica ainda, que nesse período, a maior dificuldade da família foi conseguir a aprovação do Conselho Tutelar, que pediu um exame de DNA para comprovar o parentesco entre a criança e a jovem, mas a família não possuía o dinheiro para fazer o teste.
O fim da espera 555g1w
Após 6 meses de vida, a pequena Anne Valentina, como foi nomeada, poderá ser registrada oficialmente em um cartório de Cuiabá.
Isso porque um exame de DNA, realizado há cerca de um mês e custeado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), contribuiu para que o 3º Conselho Tutelar de Cuiabá, responsável pela região em que a jovem mora, aprovasse o registro da criança.
A decisão foi comunicada à família, na manhã desta segunda-feira.

A avó de Anne desabafou sobre o alívio em poder realizar essa etapa tão importante da vida de uma criança após tanto tempo de espera.
“Estamos ansiosos pra pegar essa certidão, até que enfim! Por quê a gente teve que adiar bastante coisa por conta dessa certidão e agora estamos muito felizes!” conta Naira.
De acordo com a família, o cartório deve entregar a certidão da criança à mãe até o fim desta semana.