Calor de quase 40°C castiga quem vive nas ruas de Campo Grande 3h4l3c

O centro da capital de MS concentra várias pessoas que escolheram as ruas para viver; saiba para onde ligar e ajudar quem precisa neste calor intenso 6s6w4h

“Rapaz, tá calor. Mas estamos aí, vivendo como Deus pode”. É assim que um homem de 42 anos que vive nas ruas de Campo Grande há mais de duas décadas, respondeu sobre esse calor de quase 40°C.  

Moradores de rua CG
Mulher e dois homens que vivem nas ruas de Campo Grande falando sobre o calor que sofrem. (Foto: Augusto Castro)

Fumando e usando chinelo, short e camiseta, ele vive como pode na área central da cidade com a esposa, de 38 anos, dona de um olhar vazio. Junto deles, um outro homem, de 31 anos, mas com aparência mais velha, consequência dos quase 20 anos de uma vida miserável em becos e avenidas. 

“Não tem lugar fixo, não. A gente fica mais na região do centro. Alimento tem, povo faz doação”, dizem juntos. 

A reportagem andou por mais ruas da região e encontrou mais imagens de desalento. Na rua 26 de Agosto, por exemplo, bem na esquina com a 13 de Maio, uma mulher foi vista dormindo em cima de um papelão e sacola usada como travesseiro. 

Mulher dormindo na rua em CG
Mulher dormindo em cima de papelão na rua do centro de Campo Grande. (Foto: Renata Fontoura)

De acordo com a SAS (Secretaria de Assistência Social),  a região central toda possui um acúmulo de pessoas em situação de rua, principalmente próximo à antiga rodoviária, Mercadão Municipal e Praça Ary Coelho. 

A onda de calor intenso fez a SAS, por meio das equipes do Seas (Serviço Especializado em Abordagem Social), orientar a população em situação de rua sobre os perigos da desidratação, assim como a importância de buscar apoio nas unidades de acolhimento e no Centro POP. 

“Por lei, não podemos realizar nenhum tipo de condução coercitiva, por isso nossos profissionais, no momento da abordagem, explicam sobre os riscos do calor excessivo, os prejuízos à saúde e a importância de aceitarem o acolhimento em uma unidade da SAS”, explica Mayza Reis, gerente de Proteção de Média Complexidade. 

BARRACO RUA
Barraco feito com lonas e plásticos na rua Santana. (Foto: Augusto Castro)

Locais de acolhimento 592g4j

No Centro POP, localizado na Rua Joel Dibo, 255 – Centro, oferecem três refeições diárias, bebedouro, higiene pessoal e lavagem roupas. 

Nas 26 unidades de Cras (Centro De Referência de Assistência Social), Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso onde são oferecidos o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), conforme a SAS, os cuidados têm sido redobrados. 

“A orientação é para que as equipes fiquem atentas às crianças e idosos, que são mais suscetíveis aos efeitos do calor”. 

No CCI Jacques da Luz, nas Moreninhas, há um espaço sob a sombra de uma árvore para aliviar o calor no momento das atividades. Na unidade, 120 idosos participam das ações. 

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