Caiu no golpe do Pix? Saiba o que fazer 6u3a3k
O PIX é um sucesso. Já são mais de 360 milhões de chaves cadastradas e o sistema é utilizado por mais de 70% da população brasileira, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos Brasileiros). Mas esse sucesso chamou a atenção dos golpistas de plantão, que se valem de artimanhas para enganar o cidadão de bem.

O WhatsApp clonado é uma das fraudes utilizadas pelos bandidos, que pode ser feita, por exemplo, quando o aplicativo é espelhado no “WhatsApp Web” (https://web.whatsapp.com/). Outra forma é o roubo do WhatsApp, que se dá quando a vítima é levada a ar o código de verificação do aplicativo para o bandido. Esse código é exigido pelo WhatsApp para cadastrar o aplicativo em outro aparelho. Eu mesmo quase caí nesse golpe após publicar um anúncio do meu carro em um site de vendas.
Horas após o anúncio, eu recebi uma ligação de um sujeito se identificando como funcionário do site de vendas. O bandido sabia os dados do meu carro, como ano, cor, quilometragem etc. Ele era tão convincente que eu não percebi, naquele instante, que aqueles dados estavam no anúncio que eu mesmo havia publicado!
Muito educadamente, ele pediu para que eu informasse o código que eu acabara de receber por SMS, para concluir o atendimento. Obedientemente, eu coloquei meu celular em viva-voz e comecei a ditar o código para ele. Nesse momento, eu estava na verdade ando o meu código de verificação do WhatsApp! Eu estava caindo no golpe.
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Por muita sorte, ou intervenção divina, felizmente eu cometi um erro ao ler o número daquele bendito código. Foi então que o atendente, o bandido, disse-me que o código não conferiu. Nesse instante eu olhei novamente para a mensagem, mas desta vez resolvi lê-la por inteiro, ao invés de apenas ler o número do código. Foi por pouco!
Depois de roubar o WhatsApp, aquele bandido certamente iria enviar mensagens para meus amigos e familiares, inventando alguma mentira, como uma urgência médica, para justificar o pedido de dinheiro, por PIX. É assim que se constrói uma fraude!
A boa notícia é que existe uma maneira de a vítima bloquear o dinheiro que foi enviado por PIX ao bandido! Chama-se Mecanismo Especial de Devolução, ou simplesmente “MED”. É uma ferramenta que o Banco Central criou para impedir que o banco que recebeu o PIX disponibilize o valor na conta do bandido.
Na verdade, o “MED” bloqueia no crédito do PIX no caso de fundada suspeita de fraude ou no caso de falhas operacionais dos sistemas de informática dos bancos envolvidos. No caso da fraude, tão logo perceba o golpe, a vítima deve registrar um Boletim de Ocorrência, que pode ser feito pela própria internet (em MS, no link http://devir.pc.ms.gov.br/#/ e; em MT, no site www.delegaciavirtual.mt.gov.br).
Em seguida, a vítima deve entrar em contato com o seu banco pelos canais oficiais. Tome cuidado! Pode ser que o próprio bandido informe um canal falso de reclamação para enganar a vítima e permitir que a fraude se complete. Use os canais de SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) informados no site ou no aplicativo do seu banco.
Feita a reclamação, seu banco utilizará o MED (Mecanismo Especial de Devolução) para pedir ao banco do golpista que bloqueie o dinheiro. As duas instituições financeiras têm sete dias para avaliar se a sua reclamação tem fundamento, permanecendo o dinheiro bloqueado. Comprovada a fraude, o dinheiro será devolvido à vítima.
É importante esclarecer, num registro final, que o MED não pode ser utilizado em caso de desacordos comerciais. Como dito, somente em caso fraude, onde há má-fé, poderá a vítima se utilizar do MED, ou em casos de falhas no sistema de informática dos bancos.