3 empresas têm descontos de consignados bloqueados pelo Governo de MT 1l26d
A medida, anunciada nesta terça-feira (3), atinge as empresas Cartos Sociedade de Crédito, BemCartões e ClickBank, e poderá ser prorrogada conforme o avanço das investigações 3pu3f
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) decidiu suspender, por 90 dias, os descontos em folha e novas operações de crédito consignado de três instituições financeiras suspeitas de atuarem de forma articulada com a, já suspensa, Capital Consig.

A medida, anunciada nesta terça-feira (3), atinge as empresas Cartos Sociedade de Crédito, BemCartões e ClickBank, e poderá ser prorrogada conforme o avanço das investigações.
A decisão visa proteger os servidores públicos estaduais e impede que as empresas façam cobranças retroativas, insiram os nomes dos servidores em serviços de proteção ao crédito ou apliquem juros e correções monetárias enquanto durar a suspensão.
A Seplag também reforçou que as três instituições estariam vinculadas ao mesmo grupo econômico da Capital Consig, cujas atividades já haviam sido bloqueadas em agosto de 2024.
Denúncias feitas por servidores levantaram indícios de que as empresas utilizavam logomarcas semelhantes e compartilhavam canais de atendimento, sugerindo uma tentativa de burlar as sanções impostas anteriormente à Capital Consig.
Um dos relatos mostra que, ao buscar atendimento da Cartos, o servidor foi informado de que a empresa seria a mesma que a Capital Consig.
O secretário Basílio Bezerra destacou que a movimentação financeira da Cartos aumentou expressivamente nos últimos meses — de R$ 161 mil em janeiro para quase R$ 590 mil em maio —, reforçando as suspeitas de manobra para manter as operações de crédito consignado mesmo após a suspensão da Capital Consig.
A Seplag já havia encaminhado, em dezembro do ano ado, um relatório preliminar à Controladoria Geral do Estado (CGE), solicitando aprofundamento das apurações. A medida também motivou a criação de uma força-tarefa que reúne órgãos como Procon, Ministério Público, Decon e CGE, voltada a investigar possíveis irregularidades cometidas por empresas consignatárias.
Além disso, o governo do Estado publicou em maio o Decreto nº 1.441, que prevê a revisão completa dos consignados em folha dos servidores estaduais. A Seplag também notificou a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) para aprimorar a transparência nas operações, exigindo a disponibilização do cronograma de amortização dos créditos consignados.
A suspensão das três novas instituições se soma à da Capital Consig, reforçando o cerco contra práticas irregulares no sistema de crédito voltado a servidores públicos.
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