VÍDEO: Parecem folhas, mas são periquitos 2z2l68
Localizado logo acima da Serra Tapirapuã, o município de Tangará da Serra, a 240 km de Cuiabá, recebe esse nome de seus pioneiros em homenagem ao canto macio, cheio e vivo do pássaro da região, o Tangará. Mas o que não faltam por lá são pássaros, das mais variadas espécies.

Aos fins de tarde, dá pra ouvir de longe a cantoria da revoada de periquitos que fazem de poleiros os ipês que se estendem pela Avenida Brasil, uma principais da cidade.
Nas imagens feitas pelo repórter cinematográfico Valmir Pereira, da TV Centro América, é possível ver a quantidade de aves. São tantas que, de relance, parecem as próprias folhas das árvores.
O periquito-de-asa-amarela, como é chamado, faz parte de um grupo, com duas outras espécies de periquitos de tamanho pequeno e cauda comprida, o periquito-verde (da Mata Atlântica) e o periquito-de-asa-branca (da Amazônia), como explica o biólogo ornitólogo e professor da UFMT, Vítor Piacentini.
“A principal característica da espécie, como o nome sugere, é a mancha amarela na asa, que por vezes pode ser difícil de notar. O periquito-de-asa-amarela originalmente ocorria ao longo da “diagonal seca” do centro do Brasil (Pantanal, Cerrado e Caatinga), além de áreas de matas estacionais do sudeste. Com o desmatamento, ele colonizou várias outras áreas do sul e sudeste, e também a Amazônia”.
De acordo com o professor, essas aves apreciam frutos e algumas sementes de maneira geral, e se adaptaram às cidades, onde encontram abrigo e comida.
Esse grupo é acostumado com movimento de carros e barulho, por isso ficam em locais como avenidas movimentadas.
Muitos acabam o confundindo com a maritaca, também conhecida como periquitão. “A maritaca é maior, com manchas vermelhas na asa e (por vezes) na cabeça e que apresenta um anel ocular branco mais nítido”, explica o ornitólogo.
Periquito-de-asa-amarelo se agrupa durante a noite como forma de proteção 203x1b
Os periquitos-de-encontro-amarelo, como também são chamados, am o dia separados em áreas verdes e quintais, onde se alimentam em pomares, principalmente em mangueiras e cajueiros.
Depois, durante a noite, se agrupam em árvores para pernoitar no local, como forma de se proteger, estando juntos.
Segundo Piacentini, é uma espécie abundante e não está ameaçada de extinção.
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